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11 de junho de 2024 (Bibliomed). Um estudo realizado na Universidade da Califórnia em Los Angeles indica que a ioga pode melhorar a saúde cerebral de mulheres mais velhas que apresentavam fatores de risco para a doença de Alzheimer.
Contudo, o estudo não pode provar que a prática antiga irá retardar ou prevenir o aparecimento da doença de Alzheimer, mas parece reverter algumas formas de declínio neurológico.
O estudo envolveu mais de 60 mulheres com 50 anos ou mais. Todos eram pacientes de uma clínica de cardiologia da universidade e já haviam relatado problemas de memória e fatores de risco que indicavam menor fluxo sanguíneo cerebral.
Os pesquisadores dividiram as mulheres em dois grupos. Um deles participou de sessões semanais de Kundalini Yoga (com foco na meditação e no trabalho respiratório, em vez de posturas físicas) durante 12 semanas; enquanto o outro fez treinamento de aprimoramento de memória, onde histórias ou listas são usadas para ajudar a aumentar os poderes de memória.
Os autores acompanharam a saúde neurológica de cada mulher usando amostras de sangue que rastrearam sinais genéticos ou moleculares de envelhecimento ou inflamação do cérebro (ambos os quais podem estimular o Alzheimer). As participantes também foram testadas quanto a alterações no pensamento, memória subjetiva, depressão e ansiedade.
A ioga Kunadlini parecia estar ligada a mudanças positivas que não foram experimentadas pelas mulheres que fizeram o treinamento de memória. Isso incluiu melhora significativa nas queixas subjetivas de memória, prevenção no declínio da massa cerebral, aumento da conectividade no hipocampo, que gerencia memórias relacionadas ao estresse, e melhora nas citocinas periféricas e na expressão genética de moléculas anti-inflamatórias e antienvelhecimento.
O treinamento da memória teve alguns benefícios, principalmente em termos de memória de longo prazo. Nenhum dos grupos pareceu experimentar melhorias na ansiedade, depressão, stress ou resiliência, embora isso possa dever-se ao facto de a maioria das mulheres recrutadas já serem mentalmente saudáveis.
Fonte: Translational Psychiatry. DOI: 10.1038/s41398-024-02807-0.
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