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20 de julho de 2023 (Bibliomed). Até que ponto os pais são capazes de verificar os dados vitais de seus filhos? Estudo recente buscou avaliar a capacidade dos pais de avaliar com precisão as frequências cardíaca e respiratória (FR) de seus filhos no contexto de utilidade potencial para visitas de telessaúde.
Neste estudo controlado de 203 pares de pais e filhos, os pais mediram a frequência cardíaca (FC) de seus filhos usando 4 métodos: palpação, ausculta e 2 aplicativos de smartphone fotopletismográficos. Os pais mediram a FR inspecionando a criança e tocando no aplicativo do smartphone. Os padrões-ouro foram o eletrocardiograma para a FC e as respirações da criança medidas por um profissional de saúde durante 60 segundos para a FR.
Nos resultados obtidos, os pais subestimaram a FC por palpação com um viés calculado de -18 batimentos por minuto (bpm) (DP, 19), com limites de concordância variando de -56 a 19 bpm. Os pais superestimaram e subestimaram a FC pela ausculta com limites de concordância variando de -53 a 46 bpm. Aplicativos de smartphones não melhoraram a precisão das medições. A precisão das medições de FR dos pais foi baixa. Para crianças pequenas, o viés foi de -0,8 respirações por minuto (rpm) (DP, 9,8) com limites de concordância de -20 a 19 rpm, e para crianças mais velhas, o viés foi de 0,9 rpm (DP 7,4) com limites de concordância de 6 a 15 rpm. A sensibilidade da opinião subjetiva dos pais para reconhecer a FR acelerada foi de 37%.
O estudo concluiu que os pais não foram capazes de avaliar com precisão a FR ou a FC de seus filhos. A avaliação remota digital de crianças não deve depender das medições dos sinais vitais dos pais.
Fonte: The Journal of Pediatrics. DOI: 10.1016/j.jpeds.2022.08.018.
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