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Terapia Genética Cura Diabete em Roedores

LONDRES (Reuters) - Cientistas afirmaram na quarta-feira que usaram um novo tipo de terapia genética para curar a diabete em camundongos e ratos que pode abrir caminho para novos tratamentos para milhões de pessoas com a doença.

A diabete é uma doença crônica que tem início na infância ou na vida adulta. Diabéticos produzem pouca ou não produzem insulina, hormônio que controla os níveis de açúcar no sangue. Estes pacientes devem seguir uma dieta estrita ou receber injeções intravenosas do hormônio para controlar a doença.

Agora, pesquisadores da Universidade Yonsei, na Coréia do Sul, e da Universidade de Calgary, no Canadá, desenvolveram uma técnica para transferir um gene humano alterado de insulina em camundongos e ratos sofrendo de diabete do tipo 1.

"Esta nova terapia genética pode ter um potencial valor terapêutico para a cura de diabete auto-imune em humanos", afirmaram Ji-Won Yoon, da Universidade de Calgary e sua equipe em um estudo publicado na revista Nature.

Pessoas com diabete do tipo 1 não produzem insulina pois seu organismo destrói as células beta secretoras de insulina do pâncreas.

Os cientistas transferiram o gene alterado de insulina nos roedores diabéticos através de um vírus modificado injetado nos animais. Após os roedores serem tratados, o gene alterado manteve os níveis de açúcar no sangue normais durante o período de oito meses do estudo.

Os resultados do estudo são encorajadores, mas Jerrold Olefsky, da Universidade da Califórnia, em San Diego, disse que existe uma grande diferença entre tratar animais e seres humanos.

"Roedores são bastante diferentes de humanos em relação à manutenção dos níveis de glicose (açúcar) e estender estes resultados à fisiologia humana pode ser um desafio", disse Olefsky em comentário na revista Nature.

Sinopse preparada por Reuters Health

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