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GENEBRA (Reuters) - Os serviços de saúde de Uganda conseguiram conter o surto da febre hemorrágica mortal Ebola, mas ainda estão observando pessoas que tiveram contato com os 281 infectados, informou na segunda-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Para o coordenador de epidemias da OMS, Mike Ryan, a resposta rápida de Uganda e centenas de milhares de dólares de ajuda internacional evitaram a disseminação da epidemia de Gulu, cidade ao norte, para Mbarara, no sudoeste.
A epidemia provocou 91 mortes desde que começou em setembro e ainda não pode ser declarada terminada, pois há risco de que outras pessoas possam ter contraído a doença cujo período de incubação é maior de 21 dias.
"Provavelmente em dezembro poderemos dizer que a epidemia acabou", disse Ryan ao informar que é preciso um período de 42 dias depois do último caso registrado para que os órgãos de saúde possam dizer com confiança que acabaram com a epidemia de Ebola.
Não há cura conhecida para o Ebola, que provoca intenso sangramento interno, mas os médicos dizem que os doentes podem sobreviver se chegarem rapidamente ao hospital e mantiverem um alto nível de ingestão de líquido.
"A chave é manter essas pessoas isoladas e quebrar o ciclo de transmissão", disse Ryan.
O representante da ONU, informou que os órgãos de saúde acompanharam as pessoas que tiveram contato com a vítima em Mbarara, um integrante de uma milícia que havia se mudado recentemente de Gulu para o sul.
"Realmente foi uma grande epidemia que tinha o potencial de ser muito maior", disse Ryan. Durante o surto anterior que atingiu Sudão, ex-Zaire e Gabão, a taxa de mortalidade variou entre 53 e 88 por cento dos pacientes infectados.
Sinopse preparada por Reuters Health
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