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Equipamentos de radioterapia no Brasil são obsoletos

05 de julho de 2021 (Bibliomed). O câncer de pulmão é responsável por 11,4% de todos os casos de câncer no mundo. Seu tratamento depende do estágio da doença, mas, de uma forma geral, indica-se cirurgia associada à radioterapia.

Estima-se que de 60% a 70% dos pacientes diagnosticados com câncer de pulmão passarão pela radioterapia ao longo do tratamento. Contudo, estudo realizado pelo Instituto D'or de Pesquisa e Ensino, mostrou que, no Brasil, cerca de cem mil pacientes acometidos por câncer de pulmão morrem por ano sem acesso à radioterapia.

O estudo traçou um panorama do tratamento no país e revelou que, apesar de a alta tecnologia ter tornado as técnicas de radioterapia mais seguras e eficazes, o Brasil ainda enfrenta dificuldades no acesso desse tipo de tratamento, especialmente no Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com os dados, a rede brasileira de radioterapia conta com aproximadamente 363 aceleradores lineares e 20 máquinas de cobalto, que dirigem ao corpo do paciente a radiação produzida continuamente por esse material. Hoje o modelo-padrão é o acelerador linear, que produz radiação pela aceleração de elétrons e somente quando é necessário. Desligado, ele não produz nem emite radiação.

Dos 251 dispositivos atualmente utilizados em serviços habilitados em oncologia no SUS, 38 foram considerados obsoletos. Em 2022, alguns modelos atuais também se tornarão ultrapassados. Assim, se o equipamento não for desativado e substituído em tempo, haverá 51% de aceleradores lineares obsoletos no SUS em 2022.

Para os pesquisadores, esses dados evidenciam a necessidade de melhorar a disponibilidade de equipamentos de radioterapia em todas as regiões brasileiras. Para tal, é preciso um aumento no financiamento, nos recursos humanos e treinamento adequado de pessoal qualificado.

Fonte: JCO Global Onco. DOI: 10.1200/GO.20.00622.

Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.

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