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19 de setembro de 2018 (Bibliomed). A crise económica que aconteceu no Brasil entre 2015 e 2016, a pior de sua história, o aumento da pobreza e da desigualdade, e a sua lenta recuperação, provocaram o reaparecimento de doenças que já se acreditavam estarem erradicadas.
Segundo o relatório da World Health Statistics, de 2018, da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é um dos países que gasta menos dinheiro com a saúde. Especificamente, 7,7% do orçamento federal, versus uma média mundial de 9,9% e uma média nas Américas de 12%.
Nos últimos meses, o Brasil sofreu a pior epidemia de febre amarela em um século, o retorno do sarampo e um aumento na mortalidade infantil e casos de malária e hanseníase (lepra).
"A lepra é o resultado de miséria e negligência. Aumentou novamente quando deveria ter sido erradicada desde 2015, como prometido à OMS. O Brasil é o segundo país com o maior número de casos da doença no mundo, diretamente associados com habitação pobre, higiene e saneamento", disse o médico Luiz Carlos Fadel de Vasconcellos, que trabalha como pesquisador na Fundação Instituto 'Dr. Oswaldo Gonçalves Cruz, do Rio de Janeiro, dedicado à investigação de doenças tropicais.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2017 havia 26.800 casos de hanseníase, superados apenas pela Índia. Para a OMS, o Brasil tem, junto com a Micronésia, a maior taxa de incidência da doença no planeta.
Fonte: Reporte Epidemiológico de Córdoba. Número 2090.
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