Mulheres são mais resistentes do que homens desde o nascimento

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Medicina

destaque_bebeAs mulheres são conhecidas por viverem homens. E essa vantagem pode começar cedo, de acordo com pesquisadores da University of Southern Denmark, na Dinamarca, e da Duke University, nos Estados Unidos, que descobriram que as meninas mais propensas a sobreviver à fome, epidemias e outros infortúnios.

O fato de as mulheres terem essa vantagem na infância, quando há poucas diferenças comportamentais entre os sexos, sugere que a biologia pode ser, pelo menos, parcialmente responsável pelas mulheres terem vida mais longa do que os homens.

Os pesquisadores examinaram cerca de 250 anos de dados sobre pessoas que morreram aos 20 anos ou menos devido a circunstâncias severas. Estes incluíram a escravidão em Trinidad e nos Estados Unidos no início dos anos 1800; fome na Suécia, na Irlanda e na Ucrânia nos séculos XVIII, XIX e XX; e epidemias de sarampo na Islândia no século XIX.

Os resultados mostraram que, mesmo quando as taxas globais de mortalidade eram muito altas, as mulheres ainda viviam mais do que os homens em uma média de seis meses a quatro anos. Descrevendo os resultados por faixa etária, os pesquisadores descobriram que a maior parte da vantagem de sobrevivência feminina veio na infância, com as meninas recém-nascidas sobrevivendo mais do que os meninos recém-nascidos.

Com esses resultados, os pesquisadores especulam que a maior sobrevivência feminina pode estar ligada a fatores genéticos ou hormonais, como o estrogênio (hormônio feminino), que estudos já provaram ser capaz de aumentar a capacidade de o sistema imunológico combater doenças infecciosas.

Fonte: Proceedings of the National Academy of Sciences, 15 de janeiro de 2018

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