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Condilomatose

© Equipe Editorial Bibliomed

Neste Artigo:

- O que sente a pessoa afetada?
- Quais exames devem ser feitos?
- Como é feito o tratamento?
- Como prevenir?

A Condilomatose é uma doença causada pelo Papiloma Vírus Humano, ou HPV. Atualmente, são conhecidos mais de 120 diferentes tipos de HPV, muitos deles relacionados diretamente ao desenvolvimento de lesões genitais sérias.

A Condilomatose é considerada uma das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) mais comuns em todo o mundo: aproximadamente 2/3 das pessoas com relato de contato íntimo com indivíduos infectados pelo HPV desenvolvem condilomatose nos 3 meses seguintes. Apenas nos Estados Unidos, são registrados 500.000 a 1 milhão de novos casos a cada ano.

A maioria dos casos de Condilomatose está associada a um alto número de parceiros sexuais, levando à infecção pelo HPV-6 ou HPV-11. Dados estatísticos mostram que as mulheres sexualmente ativas com idade inferior a 25 anos apresentam os maiores índices de infecção pelo HPV.

A exposição durante o parto poder causar infecção em crianças: as verrugas condilomatosas podem aparecer até 3-20 meses após o parto. Entretanto, em todos os casos, a presença de Condilomatose em uma criança deve-se levantar sempre a possibilidade de abuso sexual infantil.

O que sente a pessoa afetada?

O principal sinal da doença é o surgimento de pequenas verrugas indolores na região genital e perianal. Algumas pessoas podem queixar coceira ou irritação local.

Em pessoas com alterações no sistema de defesa, a condilomatose pode crescer e envolver áreas extensas.

A avaliação médica está recomendada em todos os casos, para determinar o diagnóstico e excluir a possibilidade de outras doenças, tais como Herpes Molusco contagioso e lesões malignas.

Quais exames devem ser feitos?

Dependendo da história, o médico pode solicitar exames para avaliar a presença de outras DST (p.ex.: clamídia, gonorréia, sífilis, hepatite B, hepatite C, HIV, etc). Atualmente, não existe consenso quanto à necessidade de determinar o tipo de HPV.

Como é feito o tratamento?

Existem vários tratamentos para a Condilomatose e nenhum é considerado superior ao outro. A estratégia é eliminar o máximo de lesões visíveis, até que o sistema imune seja capaz de eliminar definitivamente o vírus (a maioria dos casos de Condilomatose regride espontaneamente após um certo tempo).

Os principais medicamentos tópicos utilizados incluem Podofilina, Fluorouracil, Ácido tricloroacético, Imiquimod e Interferon alfa-2b. A escolha de um ou outro dependerá da experiência pessoal do seu médico, do estágio da doença, do seu comportamento sexual e do estado do seu sistema de defesa, entre outros fatores.

O tratamento cirúrgico costuma ser reservado para aqueles casos que não responderam bem ao tratamento com soluções tópicas. As opções cirúrgicas disponíveis incluem desde retirada simples da lesão até técnicas mais sofisticadas como Laser-terapia e crioterapia.

Em todos os casos, é recomendável fazer uma reavaliação após 3 e 6 meses de tratamento para detectar e tratar precocemente possíveis recidivas.

Como prevenir?

A principal medida preventiva continua sendo a prática sexual segura, utilizando corretamente preservativos e evitando a promiscuidade.

O(a) parceiro(a) sexual deve ser examinado(a) e tratado(a), se necessário.

Em junho de 2006, o Comitê Consultivo para Imunização dos EUA (Advisory Committee on Immunization Practices, ou ACIP) votou pela liberação da primeira vacina capaz de proteger contra a infecção pelo HPV. A vacina, capaz de evitar a infecção contra 4 tipos principais de HPV, apresentou eficácia de quase 100% nos testes clínicos preliminares. O esquema consiste em 3 doses da vacina em um período de 6 meses.

Copyright © 2008 Bibliomed, Inc. 25 de setembro de 2008

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