Saúde e Nutrição

“Seca-barriga”: a falsa promessa e os perigos dos chás milagrosos

Desde a nossa infância estamos acostumados a tomar chás. Quem nunca tomou um chazinho de camomila para dormir feito pela mãe ou pela avó, ou um chá de erva doce para reduzir os gases intestinais, ou ainda camomila para acalmar, não é mesmo? Ditos como remédios naturais, muitas pessoas acreditam que os chás não trazem risco à saúde, o que não é bem verdade.

Chás vendidos com a promessa de emagrecimento rápido, os famosos “chás seca-barriga”, por exemplo, são vendidos indiscriminadamente em várias casas de produtos naturais, sem fiscalização e sem estudos que comprovem sua segurança e eficácia. Além disso, a indústria tem adotado a prática de pegar as substâncias presentes nesses chás e encapsulá-las, afinal, é mais fácil e prático tomar um comprimido do que litros de chá.

A primeira coisa que você precisa ter em mente quando quer perder peso é a boa e velha fórmula do déficit calórico: gastar mais energia do que se consome. Chás não emagrecem, alguns possuem capacidade diurética, ajudando a eliminar líquidos. Já outros têm valor termogênico, que podem ajudar a acelerar um pouco o metabolismo, mas não ao ponto que muitas pessoas acreditam.

Outra questão a se considerar é a quantidade de chás ingeridos diariamente. O chá verde, por exemplo, tem catequinas, que é uma substância antioxidante se consumida na quantidade correta, mas que em excesso se torna hepatotóxica, ou seja, faz mal ao fígado. Duas xícaras de chá verde por dia são suficientes para você conseguir os benefícios dele, sem se arriscar.

Outra substância que muitos costumam exagerar é a cafeína. Pelo fato de o café estar presente na dieta da maioria dos brasileiros, muitas pessoas acreditam que a cafeína não faz mal, e a utilizam para acelerar o metabolismo. Contudo, a cafeína em excesso pode ocasionar arritmia cardíaca.

Então, vamos esquecer essas promessas milagrosas e focar na boa, velha e eficiente combinação de uma alimentação saudável com prática de exercícios físicos. Você pode sim tomar seu chazinho, se gostar. Mas, lembre-se que tudo na vida é uma questão de equilíbrio, e que o excesso pode acabar fazendo mais mal que bem.

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