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Homossexuais e médicas informam melhor sobre HIV

02 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). Médicos homossexuais ou mulheres, além de profissionais que passam mais tempo com o paciente, podem ser mais eficientes para transmitir informações importantes a soropositivos sobre o HIV.

Em um levantamento com 264 pacientes infectados com HIV e seus clínicos, os médicos homossexuais e as médicas tiveram marcas mais altas em uma escala de 100 pontos quando precisaram discutir assuntos importantes como comportamento sexual, uso de droga e álcool. Quanto mais longa a consulta, melhor o diálogo entre clínico e paciente sobre temas relacionados ao HIV.

De acordo com os pesquisadores, um diálogo efetivo pode ter uma influência positiva na saúde e na vida dos portadores do HIV.

"Suspeitamos, embora não tenhamos estudado neste trabalho, que um diálogo melhor está associado à maior adesão à medicação", disse à Reuters Health Ira B. Wilson, do New England Medical Center, em Boston (Massachusetts).

"Médicos e heterossexuais têm o que aprender com seus colegas mulheres e homossexuais sobre como conversar sobre assuntos relacionados ao HIV", disse o pesquisador.

A idade do médico, treinamento, interesse no tratamento ao HIV e especialidade não afetaram a qualidade do diálogo com os pacientes. A raça dos pacientes, preferência sexual, seguro de saúde ou uso de drogas injetáveis também não interferiram, informaram Wilson e Sherrie Kaplan na edição de 15 de dezembro do Journal of Acquired Immune Deficiency Syndromes.

"Pacientes vivendo com HIV deveriam se sentir estimulados pela aparente ausência de discriminação ou preconceito por parte de seus médicos", disse Wilson.

Os autores observaram que estudos anteriores mostraram que as médicas ouvem mais e interrompem menos que seus colegas homens. Os médicos homossexuais podem se sentir mais compelidos a abrir o diálogo com seus pacientes soropositivos por causa da forma como o vírus tem afetado as comunidades homossexuais.