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22 de setembro de 2025 (Bibliomed). Pessoas de meia-idade e idosos cujo uso de maconha os leva ao hospital correm maior risco de desenvolver demência em questão de anos, indica estudo realizado na Universidade de Ottawa, no Canadá. Uma visita ao pronto-socorro ou hospitalização devido ao uso de cannabis está associada a um risco 72% maior de diagnóstico de demência em cinco anos em comparação à população em geral. Essas pessoas também têm um risco 23% maior de demência em cinco anos, em comparação com pessoas que recebem cuidados hospitalares por qualquer outro motivo.
Os pesquisadores acompanharam 6 milhões de pessoas com 45 anos ou mais de Ontário que não tinham histórico de demência quando participaram do estudo. Entre 2008 e 2021, mais de 16.000 deles precisaram de atendimento hospitalar devido ao uso de maconha, disseram. A taxa anual de primeiras visitas ao hospital por uso de maconha aumentou mais de cinco vezes durante o estudo, passando de cerca de 7 pessoas para cada 100.000 em 2008 para quase 38 por 100.000 em 2021.
Cerca de 5% dos internados por uso de maconha desenvolveram demência em cinco anos, e 19% em 10 anos. Em comparação, menos de 4% dos que foram hospitalizados por outros problemas de saúde desenvolveram demência em cinco anos e 15% em 10 anos. Na população em geral, um pouco mais de 1% das pessoas receberam diagnóstico de demência em cinco anos, e quase 6% em 10 anos.
No geral, o risco de demência associado a uma visita ao hospital por uso de maconha foi ligeiramente menor do que o risco associado ao atendimento hospitalar por uso de álcool. Há algumas razões pelas quais o uso de maconha pode tornar uma pessoa propensa à demência, disseram os pesquisadores. No entanto, os pesquisadores observaram que este estudo não conseguiu estabelecer uma relação direta de causa e efeito entre o uso de maconha e a demência.
Fonte: JAMA Neurology. DOI: 10.1001/jamaneurol.2025.0530.
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