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23 de janeiro de 2025 (Bibliomed). Um estudo publicado na revista JAMA Psychiatry sugere que crescer em um ambiente de baixa renda e mudar de residência durante a infância estão associados a um maior risco de depressão na vida adulta. A pesquisa, realizada na Dinamarca, analisou dados de mais de 1 milhão de pessoas nascidas entre 1982 e 2003, acompanhando-as até a idade adulta para avaliar a incidência de depressão.
Os pesquisadores descobriram que viver em bairros com menor renda durante a infância aumentou em 2% a probabilidade de desenvolver depressão na vida adulta. No entanto, o estudo apontou que as mudanças de residência durante a infância tiveram um impacto ainda maior: pessoas que se mudaram duas ou mais vezes durante os primeiros 15 anos de vida apresentaram 61% mais chances de serem diagnosticadas com depressão na vida adulta, independentemente de terem vivido em bairros pobres ou ricos.
A pesquisa sugere que a estabilidade no ambiente residencial durante a infância pode oferecer uma proteção contra problemas de saúde mental no futuro. O estudo conclui que políticas públicas que promovam ambientes domésticos estáveis para as crianças, evitando mudanças frequentes, podem ser uma estratégia importante para reduzir o risco de depressão na vida adulta.
Esses achados reforçam a importância de considerar tanto fatores econômicos quanto a estabilidade familiar na criação de políticas de saúde mental e habitação, visando proteger o bem-estar psicológico das futuras gerações.
Fonte: JAMA Psychiatry. DOI: 10.1001/jamapsychiatry.2024.1382.
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