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Uso de antirretrovirais em recém-nascidos poderia deixar HIV indetectável

19 de fevereiro de 2024 (Bibliomed). Um estudo do Johns Hopkins Children's Center, nos Estados Unidos sugere que tratar recém-nascidos infectados pelo HIV com antirretrovirais logo após o nascimento pode tornar os níveis do vírus indetectáveis no sangue.

Em 2013 um bebê no Mississipi recebeu os medicamentos poucas horas após o nascimento, e exames apontaram níveis indetectáveis no vírus em seu sangue algum tempo depois. Os pesquisadores resolveram replicar o experimento e encontraram resultados positivos.

O estudo envolveu 54 bebês nascidos com HIV na África, Ásia, América do Norte e América do Sul, nascidos entre o início de 2015 e o final de 2017. Um Grupo 1 foi composto por 34 recém-nascidos, filhos de mães soropositivas que não receberam medicamentos antirretrovirais durante a gravidez, recebeu um coquetel de terapia antirretroviral (azitromicina ou abacavir, lamivudina e nevirapina) dentro de 48 horas após o nascimento.

O Grupo 2 foi composto por 20 recém-nascidos filhos de mães que receberam a terapia antirretroviral durante a gestação, recebeu os mesmos medicamentos, mas com dose menor de nevirapina.

Os bebês também receberam doses de lopinavir-ritonavir, caso permanecessem soropositivos após cerca de 14 dias de idade, uma idade considerada segura para usar esse medicamento.

Os resultados mostraram que aos dois anos de idade, 83% no Grupo 1 e 100% no Grupo 2 apresentaram resultados negativos para anticorpos do HIV, e 64% no Grupo 1 e 71% no Grupo 2 não tinham DNA detectável do HIV.

Segundo os pesquisadores, esses resultados parecem confirmar que o tratamento precoce é crucial no que diz respeito aos benefícios da terapia antirretroviral para os recém-nascidos infectados pelo HIV.

Fonte: The Lancet HIV. DOI: 10.1016/S2352-3018(23)00236-9.

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