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18 de dezembro de 2013 (Bibliomed). Muitas pessoas deixam de comer a carambola devido a uma crença popular de que ela faz mal à saúde. Contudo, até então não havia se isolado a toxina responsável por essa suposta ação negativa ao organismo. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) conseguiram isolar e caracterizar uma neurotoxina presente na fruta.
Nomeada de caramboxina, a toxina atua no sistema nervoso quando não filtrada pelo rim. Os pesquisadores explicam que, ao isolar a caramboxina, descobriu-se que sua concentração na fruta é muito pequena.
Para conseguir três miligramas da caramboxina, os pesquisadores utilizaram 20 quilos de carambola, que foram colhidas de árvores que não passaram por tratamentos com pesticidas. Além disso, a neurotoxicina sofre degradação quando misturada e conservada por um longo período em água.
Os pesquisadores explicam que em uma pessoa saudável, a toxina da carambola é absorvida pela digestão, filtrada pelo rim e eliminada na urina. Mas em pacientes com problemas renais, como o funcionamento do rim está comprometido, a toxina, que é um aminoácido modificado, cai na corrente sanguínea, se liga a potenciais receptores do sistema nervoso central e inicia uma sequência de eventos que incluem: soluços, confusão mental, agitação psicomotora, convulsões e até a morte.
A recomendação é que a fruta seja consumida moderadamente, até por pessoas sem problemas renais, uma vez que o ácido oxálico presente nela pode causar pedra nos rins.
Fonte: Agência USP, 09 de dezembro de 2013
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