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Pacientes com HIV devem ir ao dentista

05 de dezembro de 2011 (Bibliomed). A pesquisa envolveu 100 pessoas portadoras do vírus atendidas na Unidade Especial de Tratamento de Doenças Infecciosas (UETDI) e no Núcleo de Gestão Assistencial (NGA), sendo divididas em dois grupos: 50 que receberam tratamento dentário no NGA e 50 que não receberam.

A aplicação de questionários SF-36 (normalmente utilizado em pesquisas clínicas na área médica) permitiu analisar os dados e constatar diferenças estatísticas entre os dois grupos. Foram avaliados oito domínios em relação aos pacientes dos dois grupos: capacidade funcional; aspectos físicos; dor; estado geral de saúde; vitalidade; aspectos sociais; aspectos emocionais; e saúde mental.

Entre os aspectos analisados, foram notadas diferenças nos domínios dor e vitalidade. “Achamos estranho apenas estas diferenças. Estudamos então, as covariáveis, como sexo, trabalho, carga viral do vírus, CD4, uso de antiretrovirais, tabagismo, etilismo e drogadição”, explica Luciana.

Luciana diz que, a partir dos estudos, foi possível concluir que o tratamento odontológico sozinho não foi capaz de influenciar na qualidade de vida dos pacientes. “Mas detectamos algumas covariáveis associadas a ele que puderam também exercer influências positivas ou negativas na qualidade de vida dessas pessoas”, ressalta a especialista. Ela ainda destaca a precariedade do sistema público de saúde em relação ao número de dentistas para o atendimento às pessoas com HIV/AIDS e a falta de valorização dos dentistas no tratamento dos pacientes portadores do vírus.

Fonte: Agência USP, 02 de dezembro de 2011

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