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Temperaturas extremas e poluição do ar aumentam os riscos de infarto, diz estudo

10 de novembro de 2009 (Bibliomed). O ar poluído, assim como temperaturas muito quentes ou muito frias, pode provocar um ataque cardíaco, segundo estudo publicado na edição de novembro da revista especializada Heart. De acordo com especialistas britânicos, em dias em que há mais poluição atmosférica aliada a temperaturas extremas, o risco de infarto, principalmente em pessoas de alto risco, é maior porque seu organismo pode ser afetado de diversas formas.

Em dois trabalhos diferentes, os especialistas avaliaram 19 estudos sobre temperatura e infarto e 26 sobre a relação entre poluição e o risco de ataques cardíacos. E descobriram que, dos 12 que haviam coletado dados no inverno, oito mostraram aumentos do risco de infarto em curto prazo em temperaturas mais frias; e sete dos 13 que avaliavam temperaturas mais quentes indicaram aumento nos riscos. "Em uma cidade que normalmente vê dez ataques cardíacos por dia, os resultados mostram que pode haver um extra de um a quatro infartos nos dias mais quentes ou mais frios", explicou o pesquisador K. Bhaskaran, da London School of Hygiene and Tropical Medicine.

De acordo com os autores, em relação à poluição, embora as evidências sejam menos claras, de forma geral, os estudos mostraram que o aumento nos níveis de certos poluentes no ar em determinados dias provocava a ocorrência de mais casos de infarto, parecendo não haver níveis seguros de poluição para o coração. "Nossas descobertas sugerem que baixar os limites (sobre os níveis de poluição do ar) poderia reduzir a carga para a saúde associada com a poluição, o que seria um resultado desejável", ressaltou o especialista.

Baseados nos resultados, os autores defendem esforços governamentais para reduzir a emissão de poluentes e para alertar as pessoas de alto risco quando há previsão de temperaturas extremas ou de altos níveis de poluição do ar. Eles lembram que, no Reino Unido, há um serviço de ligações automáticas para pessoas com enfisema pulmonar quando há mudanças na temperatura – o que reduziu consideravelmente as hospitalizações desses pacientes. E isso poderia ser eficaz também para pessoas com problemas cardíacos.

Fonte: Heart. Novembro de 2009.

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