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Uso de medicamentos tópicos não esteróides: riscos desconhecidos?

29 de junho de 2007 (Bibliomed). Pacientes com doenças de pele, em especial a dermatite atópica (de base alérgica), necessitam utilizar medicações tópicas (aplicadas sobre a pele), normalmente por longos períodos. Os mais utilizados são os corticóides; outra opção são os fármacos considerados não esteróides (não derivados da classe dos corticóides). Entretanto, alguns estudos demonstram que esses últimos, poderiam ser potenciais causadores de doenças como linfoma ou câncer de pele, fatos observados em estudos com animais. Esse argumento é utilizado por muitos médicos para a sua não utilização.

Exemplos de medicações não esteróide são as pomadas de tracolimus, que, apesar de bastante criticadas, apresentam bons resultados e mínimos efeitos colaterais, no tratamento da dermatite atópica.

Uma pesquisa publicada no International Journal of Dermatology, em junho de 2007, procura esclarecer as dúvidas quanto aos medicamentos não esteróides, no tratamento da dermatite atópica.

Os autores do estudo avaliaram publicações de pesquisas sobre o uso de tracolimus e constataram que a ocorrência de câncer de pele em animais parece estar associada a uma predisposição genética dos mesmos, não podendo ser extrapolada para os seres humanos. Além disso, observaram que essa medicação é uma alternativa segura e eficaz, aos remédios tópicos esteróides, sendo o efeito adverso mais significativo apenas o de uma sensação passageira de queimação, efeito bem menos danoso que os observados com o uso de corticóides.

Para os pesquisadores, as informações obtidas não sugerem que o efeito dos medicamentos não esteróides seja desconhecido. Pelo contrário, são tão conhecidos quanto os determinados pelos considerados esteróides tópicos.

Fonte: International Journal of Dermatology; 46 (6): 656 – 658 (June 2007)

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