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Adolescentes vítimas de trauma têm pior qualidade de vida.

26 de abril de 2007 (Bibliomed). O trauma é uma das principais causas de morte entre os indivíduos jovens. As estatísticas mundiais comprovam que o homicídio, acidentes de trânsito e outras formas de trauma lideram o ranking de causas de óbito, da segunda a quinta décadas de vidas. Além disso, os acidentes associam-se com seqüelas físicas e mentais a curto e a longo prazo, fato que reduz a qualidade de vida dos sobreviventes de situações traumáticas.

Com o objetivo de melhor avaliar o impacto do trauma na qualidade de vida dos adolescentes, um grupo de pesquisadores escreveu um estudo na revista Journal of Trauma-Injury Infection & Critical Care, em Março de 20007. Participaram da pesquisa 401 indivíduos, vítimas de trauma, com idades entre 12 a 19 anos. Estes participantes foram submetidos a um questionário que abordava sua qualidade de vida, o qual foi aplicado na ocasião do evento traumático, bem como aos 3, 6, 12, 18 e 24 meses após o trauma.

Os resultados apresentados demonstraram que o trauma grave, em adolescentes, está associado com significativa piora na qualidade de vida dois anos após o evento. A avaliação seriada da qualidade de vida, pelo questionário, revelou que em todas as etapas havia piores resultados dentre os adolescentes vítimas de trauma, em comparação com população geral. Os principais fatores implicados na piora da qualidade de vida foram o trauma, que cursou com ameaça de morte, o trauma em pedestres e elevados escores de severidade do trauma à admissão hospitalar.

Assim, os autores concluem que os adolescentes, vítimas de trauma, devem receber acompanhamento psicológico, a fim de minimizar o impacto negativo na qualidade de vida após o evento.

Fonte: Journal of Trauma-Injury Infection & Critical Care. 2007; 62 (3): 577 – 583 (March).

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