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Alérgicos não devem ser tratados com medicina alternativa, diz estudo.

26 de abril de 2007 (Bibliomed). A dermatite atópica é uma doença caracterizada pela inflamação crônica da pele, secundária à exposição aos alérgenos ambientais. Os alérgenos são substâncias capazes de estimular o sistema de defesa do organismo a produzir uma resposta inflamatória. Os alérgenos mais comuns são a poeira, o mofo, os pêlos e penas de animais, fumaça, tintas e diversos produtos químicos, dentre outros.

A dermatite atópica costuma apresentar um padrão cíclico, com períodos de piora dos sintomas, intercalados com períodos assintomáticos. O controle da exposição aos alérgenos é capaz de reduzir significativamente as manifestações da doença. Uma outra forma de tratamento, que costuma ser utilizada na dermatite atópica, é proposta pela medicina alternativa, segundo revelam um grupo de pesquisadores que escreveram um estudo na revista Pediatric Dermatology em 2007.

Os autores afirmam que a medicina alternativa é definida como uma forma de terapia que carece de comprovação científica, ou seja, sua efetividade não foi testada em pesquisas científicas. Assim, o estudo pautou-se na avaliação de 80 crianças portadoras de dermatite atópica, 34 das quais foram tratadas através de práticas médicas alternativas. Os participantes foram submetidos a um questionário, a fim de que pudesse ser definida a efetividade desta modalidade terapêutica, no controle da doença.

Os resultados apresentados demonstraram que as práticas alternativas mais utilizadas foram a homeopatia e o uso de medicações fitoterápicas. Nenhuma destas formas de tratamento mostrou efetividade no controle da doença, sendo que houve até mesmo casos de exacerbação dos sintomas.

Assim, os autores concluem que a medicina alternativa deve ser desaconselhada para as crianças com dermatite atópica, uma vez que não traz benefícios, e pode estar relacionada com efeitos adversos sérios.

Fonte: Pediatric Dermatology 2007; 24 (2): 118 – 120 (March / April).

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