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Mais novidades sobre o tratamento da alergia ao amendoim

13 de abril de 2007 (Bibliomed). A alergia alimentar é um fato comumente encontrado nos consultórios médicos. Segundo pesquisas, direcionadas especificamente ao amendoim, 1% dos indivíduos no Estados Unidos alegam ter alguma manifestação alérgica com sua ingestão.

O que é a regra, ainda hoje, para evitar os sintomas em indivíduos sabidamente alérgicos é evitar comer amendoins. Entretanto, a ingestão acidental pode ocorrer, podendo levar ao surgimento desde manifestações simples, como a coceiras na pele, até graves, como o choque anafilático.

No Encontro Anual da Academia Americana de Alergia, Asma e Imunologia, ocorrido na cidade de San Diego / EUA, em fevereiro deste ano, o tema foi abordado, baseado em um estudo produzido por pesquisadores australianos e colaboradores, procurando identificar pontos favoráveis na imunoterapia oral ("vacinas") para dessensibilizar crianças alérgicas.

A imunoterapia baseia-se na aplicação de pequenas quantidades de uma determinada substância, de forma gradual, até o desenvolvimento de tolerância. Há muitos anos tem sido empregada pelos alergistas. Os pesquisadores decidiram tentar a via oral no desenvolvimento da dessensibilização de oito crianças sabidamente alérgicas a amendoim. Elas receberiam pequenas quantidades de proteínas desse alimento em forma de xarope que seria misturado às suas refeições diariamente durante um período de 18 meses. Essa introdução seria gradual, sendo inicialmente no hospital e posteriormente em casa. Das 8 crianças, 7 foram até o final do estudo, sendo que 5 delas toleraram as doses dadas sem desenvolver sintomas alérgicos.

Os testes cutâneos são feitos a partir da introdução de substâncias na pele. Após isso, nota-se o surgimento de manifestações, como urticárias e vesículas. O tamanho da área acometida e suas manifestações, quando o teste é feito em crianças pequenas, podem prever se haverá remissão. Não significa que reações mais severas indicam que não haverá tolerância.

Os autores acompanharam 267 crianças, de 14 meses até 5 anos, através de testes cutâneos para saber se desenvolveriam tolerância ao amendoim. Aos cinco anos, 20% já não tinham manifestações verificadas com o teste e, a cada ano, a reação apresentada ao exame era cada vez mais branda.

Outros alimentos, como o ovo, deverão ser testados. Mas os pesquisadores fazem um alerta para que o desenvolvimento da tolerância não seja testado em casa, sem supervisão médica.

Fonte: 2007 Annual Meeting of the American Academy of Allergy, Asthma and Immunology

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