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Câncer de pulmão: diagnóstico precoce pode não alterar a mortalidade

29 de março de 2007 (Bibliomed). O câncer de pulmão, uma doença relacionada com alguns hábitos, como o tabagismo, é um mal bastante agressivo e cujos tratamento nem sempre é satisfatório. Muitos exames têm sido utilizados para a sua descoberta, como a radiografia de tórax e a tomografia computadorizada. Um grande estudo científico está sendo realizado para a avaliação dessa doença, mas ainda não foi concluído.

Uma pesquisa produzida por estudiosos do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística do Memorial Sloan –Kattering Câncer Center, de Nova Iorque, e publicada recentemente no JAMA, em março deste ano, trouxe informações não muito favoráveis ao rastreio do câncer de pulmão, em indivíduos fumantes ou que possuem uma história de tabagismo.

Os pesquisadores analisaram 3.246 indivíduos assintomáticos, fumantes ou ex-fumantes, que foram submetidos a um rastreio para o câncer de pulmão, em 1998, em centros médicos nos Estados Unidos e na Itália, e acompanhados por um período médio de 3,9 anos. Todos realizaram tomografias computadorizadas anualmente, a fim de avaliar a evolução e tratar nódulos pulmonares detectados. A partir daí, os pesquisadores realizaram uma comparação entre os casos novos de câncer de pulmão, os avançados, as mortes decorrentes da doença e as ressecções pulmonares realizadas na tentativa de tratamento.

Segundo os autores, a utilização de tomografia computadorizada para a descoberta do câncer de pulmão, nos indivíduos citados acima, não mudaria o prognóstico dos mesmos, ou seja, não salvaria suas vidas ou impediria o desenvolvimento de doença avançada. Enquanto conclusões concretas, sobre a avaliação do câncer de pulmão, não forem esclarecidas, a realização de avaliações periódicas, em indivíduos assintomáticos, não é recomendada, em vista do alto custo dos exames, sem riscos ou benefícios estabelecidos.

Fonte: JAMA; 297 (9): 953 – 961 (March 2007)