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Medicação para enxaqueca pode originar derrames cerebrais

10 de novembro de 2006 (Bibliomed). A ergotamina é frequentemente prescrita para pacientes portadores de enxaqueca ou de outros tipos de dor de cabeça intensa. Ela também se encontra disponível em combinação com cafeína, em muitos medicamentos usados para esta finalidade.

Como a ergotamina é capaz de desencadear uma constrição dos vasos em todo o corpo, efeitos colaterais cerebrais podem surgir, na medida em que o fluxo sanguíneo para os tecidos do organismo possa diminuir com o uso do medicamento.

Pesquisadores da Universidade de Utrecht, na Holanda, usaram uma base de dados para identificar pacientes que receberam prescrição deste tipo de medicação, para enxaqueca e dores de cabeça. O estudo foi publicado na revista Neurology. Eles encontraram 188 pacientes portadores de enxaqueca, que haviam sido hospitalizados por uma complicação cardiovascular. Estes pacientes foram comparados a 689 outros indivíduos, que se constituíram no grupo de controle.

Nos resultados observados, de um modo geral, o maior uso de medicamentos contra enxaqueca não aumentou o risco de hospitalização, devido a eventos cardiovasculares cerebrais. Entretanto, o aumento do uso de medicamentos contra enxaqueca, contendo ergotamina, entre o subgrupo de pacientes que também estavam usando medicamentos para tratar outras condições cardiovasculares como a hipertensão arterial, mais que dobrou o seu risco de complicações cerebrais.

Fonte: Neurology 2006;67:1128-1134.

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