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Profissional especializado ajuda a melhorar índices de aleitamento

01 de Julho de 2003 (Bibliomed). A escolaridade da mãe e o uso da chupeta são alguns dos fatores que influenciam no aleitamento exclusivo e na manutenção dele. O acompanhamento de um pediatra especializado também é decisivo nos quatro primeiros meses de vida do bebê. A conclusão é do médico Luciano Borges Santiago, em sua tese de doutorado defendida recentemente na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.

O médico acompanhou 101 crianças atendidas no Hospital Escola da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, em Uberaba (MG). Os recém-nascidos foram divididos aleatoriamente em três grupos distintos. O primeiro grupo foi acompanhado por uma equipe com assistente social, psicólogo, enfermeiro, odontólogo e um pediatra treinado em aleitamento. O segundo grupo contava apenas com o pediatra, também com formação específica. As outras crianças foram acompanhadas por um pediatra sem treinamento especial.

O pesquisador observou que, até o quarto mês, os índices de aleitamento exclusivo obtidos nos dois grupos com pediatras treinados foram semelhantes e se mostraram superiores aos do terceiro grupo. “A participação da equipe multiprofissional é mais importante em outras questões, principalmente quando as crianças têm algum problema de saúde. Quanto à amamentação, o médico pode responder por todo o trabalho, quando as crianças nascem saudáveis”, disse, explicando que o pediatra é o profissional mais ouvido pelas mães, porque é quem examina, receita e tem o maior envolvimento com os atendidos.

O médico ressalta que o leite materno é nutricionalmente completo, tem a melhor digestibilidade e é o único com os anticorpos e outras células que as crianças precisam. “Muitos estudos indicam que estes bebês têm mais saúde e melhor desenvolvimento”, acrescentou. A recomendação da Organização Mundial de Saúde é para que as crianças sejam alimentadas exclusivamente com o leite materno até o sexto mês de vida, diretamente do seio da mãe. No Brasil, apenas 18% dos lactentes chegam aos quatro meses se alimentando nestas condições.

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