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Envelhecimento da população faz crescer interesse pela terceira idade

26 de Junho de 2003 (Bibliomed). Tradicionalmente, os fatores de risco para problemas cardíacos acometem as mulheres uma década depois que os homens. Isso acontece porque elas possuem proteções hormonais naturais para os problemas do coração, mas esse risco se aproxima ao risco do homem com a chegada da menopausa.

Ainda assim, elas continuam vivendo mais. Para cada 181 mulheres octogenárias, há cem homens na mesma faixa etária. Entre os nonagenários, há 287 mulheres para cada grupo de cem homens e, entre os centenários, há 386 mulheres para cada cem homens com a mesma faixa de idade.

A boa notícia é que o envelhecimento mundial da população também significa maiores investimentos e pesquisas para o tratamento de doenças típicas da chamada terceira idade. Na Cardiologia, por exemplo, será criado na próxima semana um comitê específico para o estudo, pesquisa e trabalho de atendimento ao idoso: a Cardiogeriatria, principal tema do Congresso da Sociedade Mineira de Cardiologia, que acontece de 3 a 5 de julho, em Belo Horizonte.

As doenças cardíacas são a principal causa de mortalidade entre pacientes octogenários – e quando não matam, podem comprometer a qualidade de vida do paciente. Por isso é importante controlar os fatores de risco – diabetes, obesidade, sedentarismo, tabagismo, pressão arterial e taxas de colesterol altas – em qualquer fase da vida.

“Nosso desafio é atuar com medidas preventivas para adiar o início das disfunções. Não basta apenas aumentar o tempo de vida", explica o cardiologista e futuro coordenador do Comitê de Cardiogeriatria de Minas Gerais, José Maria Peixoto. Para se ter uma idéia, hoje, aproximadamente 50% dos atendimentos cardiológicos de consultórios e ambulatórios referem-se a pacientes da chamada terceira idade.

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