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França Vai Liberar Pesquisas com Embrião Humano

PARIS (Reuters) - O premiê francês Lionel Jospin disse na terça-feira que seu governo estava criando uma legislação para permitir pesquisas com embriões humanos. Esses estudos ajudariam a corrigir problemas congênitos e combater doenças.

Jospin disse em uma conferência sobre bioética que a lei vai permitir a retirada de células-tronco -- células mestras que podem gerar a maior parte dos 200 tipos de células do corpo humano -- de embriões e seu transplante para pacientes que sofrem de enfermidades incuráveis como diabete, doença de Alzheimer, ou doenças coronárias.

O procedimento seria autorizado apenas em embriões entre sete e doze dias de idade descartados para a reprodução in vitro (de proveta).

"Graças a essas células, doenças que são hoje incuráveis podem ter um tratamento amanhã. Crianças deficientes poderão finalmente andar, homens e mulheres doentes poderão pelo menos ficar em pé", disse Jospin na conferência em Paris.

Algumas pessoas têm objeções éticas, disse ele, mas há imensos benefícios em potencial na pesquisa com embriões e artigos estritos na lei impedem o uso para propósitos eugênicos.

Um desses artigos prevê a criação de um comitê de 18 membros que autoriza as pesquisas.

A lei deve atrair protestos de grupos pró-vida e alimentar o debate sobre os cientistas estarem indo longe demais em sua interferência na natureza.

"Será que motivos filosóficos, espirituais ou religiosos devem privar a sociedade e os doentes da possibilidade de avanços no tratamento?", perguntou o primeiro-ministro, assegurando que a clonagem humana continuaria proibida.

A lei vai a Parlamento em março para votação.

Sinopse preparada por Reuters Health

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