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Envelhecimento do DNA está associado a maior risco de morte por COVID-19

20 de maio de 2022 (Bibliomed). Sabe-se que certas condições crônicas de saúde aumentam as chances de morte por COVID-19. Agora, uma nova pesquisa identifica outro fator de risco: sinais de envelhecimento no DNA.

Telômeros mais curtos estão associados a uma maior probabilidade de morte por COVID-19, principalmente em mulheres mais velhas. Os telômeros são tampas protetoras no final dos cromossomos (DNA) que encurtam com a idade. Pesquisas anteriores associaram telômeros mais curtos a várias doenças relacionadas à idade, incluindo câncer e osteoartrite, e um risco maior de infecções.

Os pesquisadores examinaram como o comprimento dos telômeros afeta a gravidade do COVID-19. O estudo incluiu mais de 600 adultos hospitalizados com COVID-19 durante a primeira onda da pandemia, de março a setembro de 2020. O comprimento dos telômeros foi medido em amostras de sangue de pacientes coletadas dentro de 20 dias após o diagnóstico ou hospitalização da COVID-19.

Os 533 pacientes que sobreviveram tinham uma idade média de 67 anos, em comparação com uma idade média de 78 entre os 75 pacientes que morreram de COVID. Entre todos os pacientes, telômeros mais curtos foram significativamente associados a um maior risco de morte por COVID-19 em 30 e 90 dias após a alta hospitalar.

Análises adicionais por idade e sexo mostraram que telômeros mais longos foram associados a um risco 70% menor de morrer de COVID em todas as mulheres em 30 dias e um risco reduzido de 76% de morrer da doença em 90 dias. Em mulheres com 65 anos ou mais, telômeros mais longos foram associados a um risco 78% menor de morte por COVID-19 em 30 dias e risco reduzido de 81% em 90 dias. Não houve diferenças significativas no comprimento dos telômeros entre os homens que sobreviveram ao COVID-19 e aqueles que morreram da doença.

Fonte: 2022 European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases. Lisboa, Portugal.