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Como detectar os sintomas longos de COVID em crianças

24 de janeiro de 2022 (Bibliomed). Enquanto a maioria das pessoas se recupera do vírus causador da COVID-19 dentro de duas a quatro semanas, outras podem lutar meses depois com sintomas persistentes, muitas vezes debilitantes. É a chamada COVID longa.

Há muito tempo se fala sobre COVID longa em adultos, mas as crianças também podem apresentar este quadro - mesmo que não tenham nenhum sintoma na infecção inicial de COVID. Isso pode dificultar o diagnóstico da condição. Ao contrário da COVID-19, não existe um esfregaço nasal simples ou outro exame diagnóstico para a COVID longa. Em vez disso, examina-se o padrão de sintomas da criança, bem como a exposição anterior ao vírus.

Na verdade, muitas crianças não apresentam sintomas quando têm uma infecção COVID-19. Portanto, se os sintomas de COVID longa aparecerem mais tarde, pode ser difícil vinculá-los ao coronavírus. Esses sintomas podem variar amplamente de paciente para paciente, mas em crianças, os sintomas de COVID longos mais comuns são:

- Cansaço/fadiga incomum;
- Dores de cabeça;
- Dificuldade de concentração;
- Dispneia (Falta de ar);
- Dor de garganta;
- Febres inexplicáveis;
- Intolerância ao exercício;
- Taquicardia;
- Dor torácica;
- Perda de olfato ou sabor;
- Dores musculares ou neurais;
- Distúrbios do sono;
- Diarreia, vômito ou constipação intestinal;
- Ansiedade;
- Depressão.

Os sintomas longos de COVID são persistentes, durando mais de quatro semanas após uma infecção por COVID-19. Os sintomas podem variar entre as crianças. Por exemplo, uma criança pode ter dor de cabeça por algumas horas todos os dias, enquanto outra pode ter dor de cabeça algumas vezes por semana.

A condição também interfere nas atividades normais. Uma criança que antes era um bom aluno agora pode ter dificuldade para concluir as tarefas. Um atleta pode não ter mais energia para praticar esportes.

Os sintomas por si só não são suficientes para diagnosticar COVID longo, especialmente porque eles podem ser causados ??por outras condições. É por isso que é importante verificar se uma criança foi exposta anteriormente ao coronavírus.

Embora não haja cura definitiva para o COVID longo, ainda é importante que as crianças sejam diagnosticadas, porque muitas vezes os sintomas podem ser controlados.

Até agora, parece que a COVID longa é mais comum em adolescentes com 12 anos ou mais do que em crianças mais novas. Mas isso não se sabe ao certo. Na verdade, pouco se sabe sobre quantas crianças adquirem COVID longa - ou por que o fazem em primeiro lugar.

O Children’s Hospital Los Angeles está tentando ativamente encontrar essas respostas. Recentemente, o hospital recebeu US$8,3 milhões do National Institutes of Health para participar de um estudo nacional chamado RECOVER (Researching COVID to Enhance Recovery). O estudo visa compreender melhor as sequelas da infecção por COVID-19.

Fonte: Children’s Hospital Los Angeles. Long COVID Recovery Care.