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BRASIL: Estudo Revela o Estresse Piorou a Saúde da Mulher nas Últimas Duas Décadas

São Paulo, 13 de março de 2001 (eHealthLA). Segundo estudo divulgado pela International Stress Management Association (ISMA-BR), associação dedicada ao combate do estresse presente em 13 países, incluindo o Brasil, a saúde da mulher tem piorado nas últimas duas décadas.

"O estresse leva à depressão e aos problemas cardiovasculares, doenças que são apontadas pela Organização Mundial da Saúde como as de maior gasto para o sistema público", afirma a diretora do Centro Psicológico de Controle do Estresse, Marilda Lipp.

A pesquisa durou cinco anos e envolveu 220 mulheres, entre 20 e 60 anos, divididas em dois grupos: de 20 a 44 anos e de 45 a 60 anos. O primeiro grupo revelou um aumento do nível de estresse entre 60% e 65% nos últimos 20 anos e o segundo apresentou um comprometimento de 40% a 45% maior no mesmo período.

Primeiro aparecem o cansaço e a dificuldade de concentração. Depois, insônia, gastrite, dor de cabeça, queda de cabelo, gripes, depressão e até infarto. O aumento do estresse nas mulheres está sendo atribuído às diferentes funções que elas acumulam, como as de mãe, profissional e esposa.

“A entrada das mulheres no mercado de trabalho e a pressão psicossocial que sofrem justificam estes números”, diz Marilda.

Segundo ela, para lidar melhor com o estresse, é importante mexer em alguns pontos da personalidade como a rigidez e o perfeccionismo. "No trabalho, isso significa fazer um bom serviço sem se torturar para conseguir a perfeição, que não existe", explica.

Pressão no Trabalho

Atividades estressantes podem ser tão prejudiciais para o organismo quanto o fumo e o sedentarismo. Essa é a conclusão de um estudo feito pela universidade americana de Harvard, que durante quatro anos acompanhou a saúde de 21 mil enfermeiras nos Estados Unidos. As enfermeiras mais estressadas apresentaram fortes sinais de depressão e ansiedade.

Também mostraram dificuldades em realizar atividades cotidianas como subir escadas ou carregar compras, e afirmaram sentir-se sem energia e desmotivadas.

Os cientistas esperam que o trabalho ajude o surgimento de novas estratégias para lidar com o problema. Para eles, a pesquisa é um estímulo para reconhecer e tratar o estresse como parte da profissão.

No caso das enfermeiras, os cientistas sugeriram aos hospitais reduzir a carga de horas extras, flexibilizar os horários de trabalho e aumentar sua autonomia para decisões.

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