Novas pesquisas mostram que pessoas com um equilíbrio mais robusto de bactérias no intestino são mais propensas a ter um bom desempenho em testes de habilidades de pensamento padrão, incluindo atenção, flexibilidade, autocontrole e memória.
Os pesquisadores ainda não compreendem bem como o meio bacteriano intestinal afeta o cérebro, mas eles têm levantado algumas teorias. Uma dessas é que a microbiota intestinal está envolvida na inflamação sistêmica, que é um fator de risco para doenças cerebrais. Além disso, comportamentos de risco para saúde, como consumo de álcool, tabaco e substâncias ilícitas, têm sido associadas a características microbianas intestinais.
O microbioma intestinal é composto por trilhões de microrganismos e seu material genético. Para este novo estudo, os pesquisadores analisaram bactérias colonizando os intestinos de quase 600 participantes com idade média de anos. Em vez de sequenciar todo o material genético, os autores analisaram um gene que identifica o grupo geral de bactérias, mas não entra em uma específica.
Os resultados mostraram que pessoas com diversidade microbiana intestinal tendem a se sair melhor em seis testes padrão de habilidades de pensamento e memória (cognição). Vários tipos específicos de bactérias – Barnesiella, o grupo Lachnospiraceae FCS020 e Sutterella – parecem afetar o desempenho em testes mentais.
Os autores ressaltam que ainda são precisos mais estudos para entender melhor a relação entre o microbioma intestinal e as funções cerebrais, mas indicam o maior consumo de fibras e alimentos saudáveis.
Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2021.43941.