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Tireoide

Equipe Editorial Bibliomed

Neste artigo:

- Introdução
- Tireoidite
- Bócio
- Câncer de Tireoide
- Hipertireoidismo
- Hipotireoidismo

Introdução

A tireoide é o nome de uma pequena glândula com "formato de borboleta" que se localiza na região anterior do pescoço. Ela possui um importante papel no controle do metabolismo do organismo. Numa linguagem bastante simples, pode-se dizer que os hormônios produzidos por ela dizem ao corpo quão rápido trabalhar e como usar a energia.

A tireoide produz os chamados hormônios tireoidianos triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), que são responsáveis por funções como batimentos cardíacos, movimentos intestinais, tônus musculares, regulação do ciclo menstrual, capacidade de concentração, alterações de humos e respiração celular, além do armazenamento e utilização de cálcio e iodo pelo organismo.

Como todos os órgãos e glândulas do corpo, a tireoide pode apresentar mau funcionamento, o que pode acarretar em problemas de saúde.

Tireoidite

Tireoidite é um termo geral que se refere à inflamação da glândula tireoide. A mais comum é a Tireoidite Crônica de Hasimoto, que é a maior causa de hipotireoidismo, que é a baixa produção de hormônios pela glândula.

Existe também a Tireoidite Granulomatosa Subaguda, popularmente conhecida como tireoidite dolorosa, causada geralmente por infecção viral e que, na maioria dos casos, não causa alterações permanentes na produção dos hormônios.

A Tireoidite Linfocítica Subaguda, também conhecida como Tireoidite Silenciosa, apresenta sintomas similares à Tireoidite granulomatosa subaguda, mas sem ser dolorida. Além disso, essa é causada, na maioria dos quadros, por doença autoimune e há maior chance de alteração definitiva na produção hormonal.
A Tireoidite Pós-Parto ocorre em até alguns meses após a mulher dar à luz, e é mais comum em mulheres que apresentam elevados níveis de anticorpos contra a tireoide no começo da gravidez.

A Tireoidite Aguda é causada por infecções bacterinas e pode provocar formação de abcesso na região, o que torna necessário a intervenção para drenagem.

Bócio

O bócio é um aumento anormal de tamanho na região anterior do pescoço causado por uma tireoide aumentada. Sua causa mais comum é a falta de iodo, componente químico que a tireoide usa para produzir hormônios.

Todavia, mesmo com a quantidade adequada de iodo, a glândula tireoide pode aumentar de tamanho, criando um bócio. Isso pode ocorrer em várias doenças da tireoide, como hipertireoidismo, hipotireoidismo, tireoidites e câncer de tireoide. Os médicos alertam para o fato de alguns bócios se desenvolverem com níveis hormonais normais e não requererem tratamento.

Câncer de Tireoide

O câncer de tireoide é mais comum em pacientes que sofreram algum tipo de radiação para a cabeça ou pescoço. Um nódulo de tireoide pode tornar a voz rouca ou pode fazer a respiração ou a deglutição tornarem-se dificultosas. Todavia, ele usualmente não produz sintomas e é descoberto acidentalmente pela própria pessoa, através de autoexames, ou pelo médico, em exames de rotina.

Como qualquer doença, é importante que se esteja atento para os sinais iniciais apresentados pelas doenças de tireoide. Entretanto, apenas os médicos podem firmar o diagnóstico de uma doença dessas. Os especialistas podem medir a quantidade de hormônio no sangue, e determinar a estrutura e função da glândula. Caso um nódulo seja encontrado, será testado para que se verifique se ele é canceroso.

O tratamento do câncer da tireoide é cirúrgico. A tireoidectomia (retirada da tireoide) total ou parcial (em casos indicados) é o tratamento de escolha. Em alguns casos, pode ser necessário a complementação terapêutica com iodo radioativo.

Hipertireoidismo

O hipertireoidismo é um problema na tireoide no qual a glândula começa a produzir de forma excessiva os hormônios T3 e T4. Ele pode ocorrer devido ao excesso de iodo presente em alguns medicamentos, ao surgimento de nódulos na glândula, ao seu funcionamento acelerado ou à ingestão incorreta de hormônios tireoidianos. O diagnóstico é feito através de exames de sangue, com a dosagem dos hormônios T3 e T4, e do hormônio que regula a tireoide (TSH).

Pessoas com hipertireoidismo podem apresentar nervosismo, ansiedade, sudore e tremores nas mãos. Além disso, a pessoa pode ter perda de apetite, fraqueza muscular, queda de cabelo, perda de cálcio nos ossos, insônia, perda de peso e bócio. O hipertireoidismo tem tratamento que deverá ser indicado pelo médico endocrinologista após avaliação diagnóstica e realização de exames.

Hipotireoidismo

Ao contrário do que ocorre no hipertireoidismo, o hipotireoidismo é caracterizado pela baixa ou nenhuma produção de hormônios pela tireoide. Apesar de ser mais comum em mulheres, ele pode acometer qualquer pessoa, independente de gênero ou idade.

Em recém-nascidos é chamado de hipotireoidismo congênito, e pode ser diagnosticado através da triagem neonatal, pelo “Teste do Pezinho” que deve ser feito, preferencialmente, entre o terceiro e o sétimo dias de vida do bebê. Sendo diagnosticado, o bebê deve começar o tratamento imediatamente para evitar complicações no desenvolvimento físico e mental.

Os sintomas mais comuns do hipotireoidismo incluem depressão, batimentos cardíacos lentos, intestino preso, menstruação irregular, cansaço excessivo, falhas de memórias, dores musculares, queda de cabelo, ressecamento da pele e aumento dos níveis de colesterol.

O tratamento é feito através da reposição hormonal diária, em dosagem a ser definida por um endocrinologista.

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