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Alergias alimentares de filhos prejudicam a carreira dos pais

20 de novembro de 2012 (Bibliomed). Os custos econômicos tidos com crianças com alergias alimentares supera o valor de quatro mil dólares, sendo que menos de 20% desse número pode ser atribuído a despesas médicas diretas. De acordo com uma nova pesquisa, a maior parte dos custos ocorre na forma de sacrifícios relacionados à carreira dos pais.

Pesquisadores desenvolveram um estudo com 1.643 pais de crianças com alergias alimentares. Os participantes disseram que mudar de trabalho ou abandonar um emprego, ter que assumir um trabalho de meio período ou ter que permitir a redução de sua renda de alguma forma para cuidar de uma criança sofrendo dessa condição tinha feito com que eles não recebessem cerca de $2.399 dólares por ano. Cerca de $1.700 dólares desse total vieram de participantes que tiveram que deixar o emprego ou foram demitidos devido à alergia de seu filho.

Para chegar a esse resultado, a pesquisadora Ruchi Gupta e seus colegas fizeram perguntas aos pais sobre seus gastos diretos e indiretos associados aos cuidados com a criança alérgica.

As perguntas foram selecionadas em quatro categorias: custos com visitas a médicos, hospitalizações, etc, que eram cobertos por seguro; custos diretos, como a compra de remédios e alimentos especiais; tempo perdido de trabalho para que o pai ou mãe levasse a criança a consultas; e sacrifício de oportunidades de emprego, como pedir demissão, mudar de cargo ou trabalhar apenas meio período.

De acordo com a pesquisadora, esses custos poderiam ser reduzidos consideravelmente se fosse possível fornecer um ambiente mais seguro para crianças com alergias alimentares, já que isso daria mais liberdade para os pais em suas carreiras.

Os pais foram selecionados de acordo com as condições de seus filhos. O limite de idade era de 17 anos, com igualdade de divisão por gênero. 41% das crianças já haviam sofrido de reações severas, de acordo com os pais, e as alergias incluíam amendoim, leite, frutos do mar, amêndoas e ovos.

A pesquisa foi apresentada na reunião científica anual da  American College of Allergy, Asthma and Immunology, que aconteceu entre os dias 8 e 13 de novembro, na Califórnia, EUA.

Fonte: American College of Allergy, Asthma and Immunology annual scientific meeting, 08 a 13 de novembro, Califórnia, Estados Unidos

 

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