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Rotulagem de Alimento Deve Ser Mais Rigorosa na Austrália

Por Andrea Hopkins

CANBERRA (Reuters) - Regras mais rigorosas para rotulagem de alimentos, propostas quinta-feira na Austrália e Nova Zelândia, vão exigir que os fabricantes listem dados nutricionais, potencial alérgico e porcentagem dos principais produtos em todos os pacotes de alimentos.

A indústria de alimentos reagiu com espanto e afirmou que a proposta vai além dos padrões globais e que a implementação custará centenas de milhões de dólares e vai oferecer poucos benefícios.

"Isso é a rotulagem da tecnologia de genes revisitada em termos de custos", disse à Reuters Geoffrey Annison, cientista e diretor técnico do Australian Food and Grocery Council (conselho australiano para alimentos).

Há dois meses, a Austrália e a Nova Zelândia introduziram as regras mais restritivas do mundo para rotulagem de alimentos geneticamente modificados, requerendo rólutos específicos para produtos com proteína ou DNA modificados.

O novo código para alimentos foi projetado pela Australia New Zealand Food Authority (Anzfa, órgão que regula alimentos) e será analisado em novembro pelos ministros da Saúde dos dois países.

Se houver acordo, os atuais padrões de rotulagem devem ser substituídos em 2002. O código deve exigir rótulos nutricionais em todos os produtos - já compulsórios nos Estados Unidos - além da listagem de gordura, proteína, calorias, carboidratos e quantidade de sal.

Pelas regras atuais, somente alimentos que prometem benefícios nutricionais, como baixo teor de gordura e muitas fibras, deveriam incluir o rótulo nutricional nos pacotes.

Os rótulos também terão que mostrar a porcentagem dos principais ingredientes de cada alimento -- por exemplo, a quantidade de carne em uma torta de carne ou quantidade de fruta em uma geléia.

Atualmente, os fabricantes simplesmente listam os ingredientes pela ordem de proporção no produto. Para Annison, a regra de porcentagem, também proposta na União Européia, deve ser extremamente difícil de se implantar, além de ser e cara e não servir para indicar a qualidade do produto.

Segundo Annison, o custo de verificar constantemente se os alimentos estão de acordo com a porcentagem do rótulo vai acrescentar centenas de milhões de dólares às atuais despesas.

O novo código vai requerer que os fabricantes forneçam a pessoas alérgicas informações de alerta sobre alimentos que contenham alérgenos comuns como nozes, frutos do mar, peixe, leite, glúten, ovos e soja.

A Anzfa reconhece que os padrões devem ser práticos e não devem impor custos desnecessários aos fabricantes de alimentos. Serão feitas exceções aos pacotes de goma de mascar, comida preparada para eventos de arrecadação de fundos, frutas, vegetais, carne ou peixe contendo um único ingrediente, álcool, chá e café, além de ingredientes secundários como ervas, condimentos, sal, vinagre, entre outros.

Sinopse preparada por Reuters Health

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