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Capacidade extraordinária de cura de golfinhos pode ajudar humanos

25 de julho de 2011 (Bibliomed).  Golfinhos tem capacidades surpreendentes e extraordinárias de cura e cicatrização de ferimentos. Com base nessas habilidades, pesquisadores esperam conseguir informações que ajudem a saúde humana.

“Esse é um animal de extrema similaridade estrutural à nossa. Essa poderia ser a fonte de informação, o lugar para encontrarmos algumas respostas para os grandes mistérios que nós, como médicos, estamos tentando resolver”, afirma Michael Zasloff, da Universidade Georgetown (EUA).

O pesquisador documentou diversos incidentes de ferimentos graves em golfinhos, causados provavelmente por tubarões. Algumas das mordidas sofridas pelos animais chegavam a ser do tamanho de bolas de basquete, e foram curadas em semanas, sem causar desfigurações, dor aparente e sem a ocorrência de infecções.

“Se eu visse isso em um ser humano, eu não acreditaria. Isso devia nos deixar admirados. Você tem um animal que evoluiu no oceano sem mãos ou pernas, que nada mais rápido do que nós, tem inteligência e talvez iguale nossa complexidade social e emocional, e cuja cura é quase alienígena quando comparada ao que nós podemos fazer”, diz Zasloff.

Algumas características específicas do animal podem ser a explicação para essa habilidade extraordinária. Quando golfinhos se machucam, eles não sangram até a morte. Uma possibilidade seria que os animais utilizam seu mecanismo de mergulho para impedirem o fluxo de sangue para o ferimento até que aconteça a coagulação. Quanto a ausência de infecções, a pele dos golfinhos contém compostos que possuem propriedades antibactericidas, que impedem que as infecções se desenvolvam em feridas abertas.

Os golfinhos também reagem de forma diferente à dor. A dor normalmente altera o comportamento do animal, e bichos com ferimentos profundos e abertos não conseguem se alimentar normalmente durante algumas semanas. Os golfinhos não alteram seu comportamento quando estão machucados, conseguem agir normalmente. Já a cura rápida e cicatrização perfeita ocorrem devido a habilidades regenerativas de células tronco especiais.

Para Zasloff, as técnicas que os golfinhos usam para reconstruírem os tecidos danificados poderiam ser apropriadas pelos humanos e utilizadas no desenvolvimento de técnicas próprias para o homem.

Fonte: Live Science 21 de julho de 2011.

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