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Programa de Exames Reduz Morte por Câncer de Mama

NOVA YORK (Reuters Health) - Embora a mamografia seja considerada chave para detectar precocemente o câncer de mama, não está claro quantas vidas são salvas pelo exame de rotina para câncer. Agora, pesquisadores britânicos revelaram que um programa nacional de exames ajudou a cortar as mortes por câncer de mama em 21 por cento durante a década de 90.

Enquanto um pouco do crédito deve ser atribuído à melhoria no tratamento de câncer de mama, o exame aplicado de forma isolada salvou a vida de cerca de 320 mulheres entre 55 e 69 anos de idade entre 1990 e 1998, segundo estatísticas nacionais.

Da queda de 21 por cento, 6 por cento podem ser atribuídos diretamente ao exame.

A diminuição nas mortes por câncer de mama provavelmente continuará nos próximos dez anos, informou a equipe de R.G. Blanks, do Instituto de Pesquisa do Câncer, em Sutton, na edição de setembro do British Medical Journal.

Tem havido um "debate considerável" se a diminuição nas mortes por câncer de mama nos últimos anos pode ser atribuída ao uso mais difundido do exame ou a uma terapia melhor, informou a equipe.

"Nossa pesquisa indica que, entre 1990 e 1998, tanto a melhora no tratamento quanto os exames provavelmente tiveram um papel central na redução da mortalidade por câncer de mama", escreveram os autores.

Em editorial publicado com o relato, Lennarth Nystrom, da Universidade de Umea (Suécia), informou que um estudo sueco de 1995 estimulou muitos países a iniciar um programa nacional de exame de mama. Este teste mostrou que o exame cortou as taxas de morte de câncer de mama em perto de um terço durante sete anos.

Mesmo que os resultados do estudo não sejam necessariamente traduzidos para a vida real, os países que lançaram esses programas de exame querem saber se estão funcionando, observou Nystrom. Na sua opinião, os resultados dessa pesquisa sugerem que funcionam.

Nos Estados Unidos, especialistas do Instituto Nacional do Câncer recomendam que as mulheres façam uma mamografia a cada um ou dois anos a partir dos 40 anos de idade.

As mulheres com alto risco de câncer de mama precisam consultar seus médicos, que poderão recomendar exames mais precoces ou mais frequentes.

Sinopse preparada por Reuters Health

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