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Crises graves de asma são mais comuns em meninos pequenos, indica estudo

14 de abril de 2010 (Bibliomed). Um estudo recentemente realizado em um hospital de Joinville, em Santa Catarina indica que a asma aguda grave ocorre com mais frequência em crianças com menos de três anos de idade e do sexo masculino. Realizado no Hospital Infantil Jeser Amarante Faria e apresentado esta semana no Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia em Pediatria, o levantamento epidemiológico indicou que quase 60% dos pacientes internados com asma aguda grave eram do sexo masculino e metade dos casos era de crianças com menos de dois anos de idade.

Avaliando os 74 pacientes internados com a doença respiratória de janeiro a dezembro de 2009, os pesquisadores notaram que um dos principais desencadeadores das crises de asma é o tabagismo: cerca de 38% dos pacientes tinham relato de tabagismo passivo ou ativo. De acordo com os pesquisadores, além da fumaça do cigarro, poeira e contato com animais e plantas, além da presença de mofo, são indicados por diversos estudos como fatores de risco para o desenvolvimento das crises de asma em crianças.

A pesquisa mostrou, ainda, que as crianças ficam internadas, em média, seis dias no hospital, com 8% dos pacientes tendo passagens pela UTI pediátrica. Quanto ao tratamento administrado, quase um terço dos pacientes internados receberam penicilina cristalina, cerca de 16% receberam beta-agonistas endovenosos e 47% necessitou de oxigênio suplementar, com duração média de 1,8 dias. E quase 12% já utilizavam corticoide inalado - as tradicionais “bombinhas” - preventivamente.

“Houve predominância do sexo masculino e frequência aumentada de crianças abaixo de três anos de idade”, concluíram os autores em apresentação no Congresso, destacando, ainda, que a grande maioria (85%) dos pacientes pediátricos com asma aguda grave residia em zona urbana.

Fonte: 11º Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia em Pediatria. 08 a 11 de abril. Tema Livre 04.

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