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Falta Informação Para Paciente com Insuficiência Cardíaca

NOVA YORK (Reuters Health) - Pacientes com insuficiência cardíaca crônica muitas vezes não entendem a doença nem suas implicações e podem sentir dificuldade em obter mais informações dos seus médicos, afirmou um grupo de pesquisadores britânicos.

"A depressão entre as pessoas com insuficiência cardíaca crônica pode estar parcialmente relacionada à ausência de uma comunicação mais aberta com os médicos", informou a equipe de Angela Rogers, da Escola de Medicina King e St. Thomas, em Londres.

Os pesquisadores entrevistaram 27 pacientes com insuficiência cardíaca crônica, enfocando seu conhecimento sobre a doença e os prognósticos, e os fatores que impedem a comunicação clara com os médicos. Os pacientes tinham entre 38 e 94 anos.

"A maioria não tinha um entendimento claro sobre a razão pela qual desenvolveu insuficiência coronária, o que é a doença e quais suas implicações", escreveram os pesquisadores na edição de 9 de setembro da revista científica British Medical Journal.

Durante a entrevista, os pacientes fizeram muitas perguntas em relação à doença e aos prognósticos.

Os pesquisadores verificaram que muitos pacientes não tinham conhecimento sobre insuficiência cardíaca crônica e acreditavam que os sintomas faziam parte do envelhecimento.

Esses pacientes também não tinham clareza sobre a possibilidade de morrer, mesmo sabendo que a doença não tem cura e que o prognóstico é pior do que muitos tipos de câncer, indicou o estudo.

Metade dos pacientes entrevistados levantou a questão da morte, mas a maioria sentiu que seus médicos "não queriam falar sobre o assunto". Muitos dos participantes do estudo acharam que, em geral, os médicos hesitaram em dar aos pacientes informações sobre a doença ou o tratamento.

De acordo com os pesquisadores, outra barreira para a comunicação dos pacientes com seus médicos está relacionada à própria enfermidade.

"Pessoas com deficiência coronária sofrem de confusão mental, perda de memória de curto prazo e fadiga", explicaram os autores. Muitos entrevistados mencionaram esquecer de fazer as perguntar que desejavam.

"Os pacientes têm dúvidas sobre sua doença, mas não se acham capazes de perguntar aos médicos", concluem os pesquisadores. "Estratégias para ajudá-los a fazer perguntas, inclusive aquelas relacionadas ao prognóstico, deveriam ser desenvolvidas", acrescentaram.

Sinopse preparada por Reuters Health

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