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Atrasar a primeira dose da vacina tríplice reduz risco de asma, diz estudo

23 de outubro de 2008 (Bibliomed). Atualmente, a vacina tríplice, que protege contra tétano, coqueluche e difteria, começa a ser dada às crianças aos dois meses de idade. Porém, um novo estudo da Universidade de Manitoba, no Canadá, indica que, se a primeira dose for atrasada por mais dois meses, há uma redução significativa dos riscos de a criança desenvolver asma até os sete anos de idade.

Os especialistas acreditam que a vacina provoca uma resposta do sistema imunológico que predispõe o organismo das crianças a doenças respiratórias. Por isso, adiar sua aplicação poderia reduzir os riscos de asma infantil.

No estudo, foram incluídas mais de 11 mil crianças vacinadas pelo Instituto Manitoba para a Saúde da Criança com quatro doses da vacina tríplice. E dos 5 mil bebês vacinados com a idade padrão de dois meses, 13,8% desenvolveram asma, contra apenas 5,9% dos bebês que começaram a ser imunizados com quatro meses ou mais de vida.

Além disso, os resultados indicaram que as chances de ter asma também reduziam com o atraso das outras doses, porém, a relação mais significativa foi observada com o adiamento da dose inicial.

O médico Richard Halvorsen, autor do livro The Truth About Vaccines (A verdade sobre as vacinas, em tradução livre) defende que as vacinas sejam dadas mais tarde. “Esse é um estudo muito interessante que o governo deveria olhar. Ele não prova que o calendário de imunização que usamos causa um problema, mas é estúpido não considerá-lo”, destacou.

De acordo com o Departamento de Saúde do Reino Unido, diversos estudos examinaram se as vacinas causariam asma e alergias e não encontraram evidências sobre isso. Por isso, o recomendado continua sendo a vacinação a partir dos dois meses de idade.

Fonte: The Journal of Allergy and Clinical Immunology. Setembro de 2008.

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