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Pessoas com problemas cardíacos devem ser triados para depressão, alertam especialistas

1º de outubro de 2008 (Bibliomed). Pacientes com problemas cardíacos deveriam ser regularmente triados para saber se apresentam sinais de depressão, segundo recomendação da American Heart Association publicada, esta semana, na revista “Circulation”. De acordo com os especialistas, isso se justifica pelo fato de a depressão ser três vezes mais comum em sobreviventes de um infarto e em pessoas hospitalizadas com problemas cardíacos, comparadas com a população geral.

Os autores destacam que apenas metade dos cardiologistas nos Estados Unidos trata a depressão em seus pacientes, e nem todos aqueles diagnosticados com o problema recebem tratamento. “Acredito que poderíamos reduzir consideravelmente o sofrimento e melhorar os resultados (com a triagem para depressão)”, disse a professora de enfermagem Erika Froelicher, da Universidade da Califórnia.

Apesar de não haver evidências de que os pacientes triados tenham melhores resultados cardíacos, os especialistas destacam que a depressão pode resultar em pior prognóstico e menos qualidade de vida. Isso porque pacientes depressivos são menos propensos a tomar as medicações, a mudar a alimentação, fazer exercícios e participar de programas de reabilitação.

Por isso, os especialistas recomendam que cardiologistas e médicos de cuidados primários estejam envolvidos para determinar se seus pacientes apresentam sintomas depressivos. E seria importante fazer a triagem com freqüência.

Para essa avaliação, segundo eles, duas questões devem ser feitas: “Nas últimas duas semanas, você tem apresentado pouco interesse ou prazer em fazer algumas coisas?” e “Você tem se sentido ‘pra baixo’, depressivo ou sem esperança?” (em tradução livre). Se a resposta for positiva em pelo menos uma das perguntas, é recomendado um questionário para avaliar a presença e gravidade da depressão. No caso de depressão, ele deve ser encaminhado a um especialista para o tratamento.

Fonte: Circulation. 29 de setembro de 2008.

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