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Devemos nos expor aos perigos dos raios UVB pela vitamina D?

12 de agosto de 2008 (Bibliomed). Em artigo publicado na edição de agosto da revista científica “American Journal of Clinical Nutrition”, a especilista Barbara A Gilchrest, da Escola de Medicina da Universidade de Boston, questiona as “recomendações sensacionalistas em relação à exposição solar sem proteção” para garantir níveis adequados de vitamina D.

Apesar da principal fonte de vitamina D ser a exposição aos raios ultravioleta do sol, a dermatologista destaca que não deveria haver dúvidas de que a exposição sem proteção é perigosa para a saúde, já que essa radiação pode ser causadora de câncer, além de comprometer a aparência e o funcionamento da pele.

Além dos efeitos nocivos à saúde de tomar sol sem proteção, como danos ao DNA e câncer de pele, a vitamina D pode ser consumida através de suplementos orais, o que acabaria com a sugestão polêmica da necessidade de tomar sol sem proteção.

Para a especialista, essa hipótese controversa é sustentada pela “mídia e aparentemente alguns pesquisadores ávidos por uma nova mensagem”; além da indústria do bronzeamento, grupo que, segundo ela, não se interessa por idosos mais frágeis e minorias étnicas – grupos com mais deficiência em vitamina D3 – mas foca em jovens, grupo sob maior risco de danos causados pelos raios UVB.

A autora conclui que o fato de se produzir a vitamina D com a exposição ao sol não justifica a falta de cuidados com a pele. “Quando a natureza deu aos humanos a interessante capacidade de fotossíntese cutânea de vitamina D3, a expectativa de vida era menor que 40 anos; o foto-dano não era uma preocupação; e a deficiência de vitamina D3, com suas anormalidades esqueléticas resultantes, podia ser precocemente fatal”, explicou.

“No século 21, a expectativa aproxima dos 80 anos em países desenvolvidos, a vitamina D3 está disponível na loja da esquina e o risco de câncer de pele é um em três entre os americanos brancos”, completou Gilchrest, destacando que as recomendações para a exposição desprotegida não acompanha a evolução.

Por isso, recomenda a avaliação das relações entre os níveis de vitamina D e as doenças específicas para determinar a forma mais segura de garantir a quantidade adequada.

Fonte: American Journal of Clinical Nutrition. Agosto de 2008.

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