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Reposição hormonal aumenta os riscos de problemas na vesícula

14 de julho de 2008 (Bibliomed). A terapia de reposição hormonal, utilizada para a redução dos sintomas da menopausa, pode aumentar os riscos das mulheres desenvolverem doença da vesícula biliar. Porém, segundo pesquisadores britânicos, o risco depende da forma como a terapia é administrada – em estudo recente, aquelas que usavam adesivos ou gel pareciam estar sob menor risco do que as que usavam comprimidos.

"Os adesivos e géis não apenas são dados em menores doses, mas eles escapam de serem metabolizados pelo fígado, reduzindo qualquer efeito na vesícula biliar", explicaram os autores em artigo publicado no "British Medical Journal". A vesícula armazena a bile produzida no fígado, e, segundo eles, menos estrogênio coletado na bile poderia explicar o risco reduzido.

A terapia de reposição hormonal é largamente utilizada apesar das evidências de graves efeitos adversos, como o aumento do risco de câncer de mama e derrame, além de problemas na vesícula.

Para avaliar como a forma que o tratamento é administrado afeta o risco de problemas na vesícula, os pesquisadores avaliaram dados de mais de um milhão de mulheres com média de idade de 56 anos que participaram do "Million Women Study", no Reino Unido.

E os resultados indicaram que aquelas que faziam reposição hormonal eram 64% mais propensas a serem hospitalizadas com problemas na vesícula. Porém aquelas que tomavam os hormônios através de adesivo ou gel tinham um aumento de apenas 17% no risco.

Segundo os autores, altas doses apresentavam os maiores riscos de doença na vesícula e maiores chances das mulheres terem a necessidade de extraírem cirurgicamente o órgão. E os riscos de ter o problema reduziam quanto mais tempo elas ficavam sem a terapia de reposição hormonal.

"Muitas pessoas estarão bem com as pílulas, mas algumas pacientes que são propensas à doença na vesícula biliar ou a coágulos sangüíneos estarão melhores com os adesivos", declararam os autores, acrescentando que "nem todas as mulheres, porém, podem tolerar o adesivo", que pode causar reações na pele.

Fonte: British Medical Journal. 10 de julho de 2008.

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