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Portadores de HIV têm menos chances de emprego, revela relatório

14 de Maio de 2003 (Bibliomed). A discriminação contra pessoas contaminadas ou suspeitas de contaminação pelo vírus HIV continua a ser uma prática extremamente comum em todo o mundo. A informação é da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que divulgou no último dia 12 o primeiro relatório mundial sobre discriminação no local de trabalho.

O relatório afirma que, embora varie de um país para outro, a discriminação ocorre ao redor do mundo e afeta produtividade, eficiência e o ânimo dos trabalhadores. Em alguns países, candidatos a um posto de trabalho chegam a ser submetidos a testes de detecção do vírus antes de serem contratados.

O estudo indica que as mulheres ainda são o maior grupo a enfrentar discriminação. Em muitos países, mulheres bem qualificadas enfrentam dificuldades para chegar a postos de chefia e são menos remuneradas do que homens com qualificação semelhante. Outro aspecto ressaltado pelo relatório é que a discriminação com base em religião tem aumentado, especialmente para trabalhadores que fazem parte de uma minoria religiosa em países onde há uma religião dominante.

No Brasil, a notificação dos casos de Aids passou a ser obrigatória a partir de 1986. A Coordenação Nacional de DST e Aids, do Ministério da Saúde, já havia registro de 215.810 casos diagnosticados desde o início da epidemia até o dia 30 de junho de 2001. Considerando-se o atraso entre o diagnóstico e a notificação dos casos no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), estima-se que 14,8% dos casos diagnosticados nos últimos cinco anos (1996 - 2001) ainda serão notificados ao longo dos próximos meses, totalizando cerca de 234.109 casos no País.

A taxa de crescimento dos casos de Aids por faixas etárias no Brasil, no período de 1988 a 1998, revela que a epidemia ainda está em crescimento, mas com desaceleração em todas as faixas etárias. Isso pode ser decorrência da ampliação da utilização dos preservativos masculinos e femininos, da eficácia das estratégias de redução de danos entre usuários de drogas injetáveis e do avanço das terapias anti-retrovirais combinadas.

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