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Estudo aponta eficácia do ultra-som para detectar gordura visceral

21 de Janeiro de 2003 (Bibliomed). Atualmente, a tomografia computadorizada tem sido o método mais recomendado pelos especialistas para um exame detalhado da gordura visceral, que fica localizada nos órgãos internos da região abdominal e também oferece risco para problemas cardiovasculares e anormalidades metabólicas, como o diabetes. Mas um estudo coordenado pelo pesquisador Fernando de Souza Flexa Ribeiro Filho, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), revelou que o diagnóstico preciso também pode ser realizado através da ultra-sonografia. E o melhor: com um custo reduzido em até quinze vezes, o que permitiria a um número maior de pacientes o acesso ao exame.

Segundo o pesquisador, a ultra-sonografia é um exame rápido, de alta especificidade e garante boa reprodutibilidade, sendo a melhor alternativa à tomografia computadorizada. O estudo foi realizado a partir de imagens, em que o pesquisador mediu e comparou as distâncias existentes, em centímentros, da gordura abdominal subcutânea e da gordura visceral. “O exame é capaz de identificar, com 75% de precisão, pacientes obesos com maior probabilidade de apresentar níveis de gordura visceral acima do normal”, afirmou. O pesquisador ressaltou a importância da ultra-sonografia, explicando que os métodos mais simples de diagnóstico servem como primeira filtragem, mas são imprecisos.

A gordura visceral é um problema que pode, por exemplo, se manifestar na silhueta das pessoas. De acordo com especialistas, geralmente, as pessoas com circunferência abdominal elevada, entre 90 e 100 centímetros, apresentam aumento de tecido adiposo visceral. Mas isso não é uma regra geral. Outro indicador seria o índice de massa corpórea (IMC), que relaciona peso e altura. No entanto, o IMC não é capaz de avaliar a distribuição do tecido adiposo e alguns estudos relatam populações com baixo IMC, mas com alta predominância da síndrome metabólica causada por adiposidade visceral. “Ele é limitado para determinar qual dos componentes corporais, como massa gorda ou massa magra, encontra-se alterado”, explicou.

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