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Pacientes com cefaléia encontram alívio na medicina alternativa

12 de Agosto de 2002 (Bibliomed). Embora faltem evidências científicas da eficácia das terapias alternativas, muitas pessoas que sofrem de cefaléia estão encontrando alívio para as dores de cabeça em tratamentos que não são ensinados nas escolas de medicina dos Estados Unidos nem estão disponíveis nos hospitais, como a massagem, a prática de exercício, a acupuntura, o biofeedback, a quiroprática, e o uso de ervas medicinais e suplementos nutricionais.

A equipe de Casilda Balmaceda, do Hospital Presbiteriano da Universidade de Colúmbia, em Nova York (EUA), realizou um estudo com 73 adultos atendidos em uma clínica especializada no tratamento de dor e descobriu que 85% dos participantes utilizavam terapias alternativas para aliviar a dor de cabeça e que 60% acreditavam que o tratamento havia funcionado. Quase todos os voluntários conheciam pelo menos um dos 49 tratamentos alternativos listados no questionário da pesquisa, sendo que 88% disseram acreditar que ao menos um era eficaz para combater os sintomas da cefaléia, uma das queixas mais comuns entre os pacientes que consultam clínicos gerais. Diversos trabalhos anteriores constataram que a maioria dos pacientes que optam por terapias complementares não conta isso aos médicos.

O estudo atual também constatou que 79% dos pacientes tomavam medicamentos para combater a dor de cabeça, que mais de um terço sofria de distúrbios do sono e que quase um quarto não conseguia trabalhar por causa da cefaléia. As razões citadas pelos pacientes para não buscaram tratamentos alternativos foram, além do alto custo do tratamento, falta de referência, de tempo e de cobertura de planos de saúde. Nenhum deles apresentou como motivo falta de dados científicos sobre essas terapias.

Com base no resultado dos estudos, os pesquisadores ressaltaram a necessidade dos médicos se informarem melhor sobre os riscos e os benefícios proporcionados pela medicina alternativa e complementar. "A tolerância a tratamentos potencialmente benéficos deveria ser uma meta importante na relação médico-paciente. Perguntas sobre o uso de medicina complementar e alternativa deveriam integrar a rotina de levantamento da história médica", ressaltaram em artigo publicado recentemente na revista Cephalalgia.

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