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Própolis é eficaz no combate à candidíase oral

01 de Agosto de 2002 (Bibliomed). Por causa de suas características antibióticas, a própolis - resina produzida pelas abelhas - vêm sendo pesquisada intensamente em todo o mundo, desde a década de 60.

Recentemente, uma experiência in vitro realizada pelo laboratório de Microbiologia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) demonstrou a eficiência da própolis no combate à Candida albicans, causadora da micose conhecida como candidíase.

Na pesquisa, a própolis foi comparada a seis diferentes tipos de antifúngicos e obteve a menor resistência do microorganismo. Com isso, pode-se aumentar a eficácia do tratamento da candidíase oral, doença que afeta a maior parte dos pacientes com imunodeficiência. O passo seguinte é o estudo in vivo.

Em breve, portadores do HIV que sofrem de candidíase oral começarão a receber tratamento à base de própolis. “Se os resultados forem bons, poderemos recorrer ao Ministério da Saúde.

Além de ser um medicamento natural, a própolis é muito mais barata do que os antifúngicos”, disse Vagner Santos, coordenador da pesquisa, que foi divulgada na edição de julho da publicação científica japonesa Journal of Oral Science.

Há alguns anos, os pesquisadores da UFMG vêm estudando a ação da própolis não apenas sobre a Candida albicans, como também sobre a Micobacterium tuberculosis, sobre o Streptococcus mutans, causador da cárie, sobre o Actinobacillus actinomycetemco mitans, que provoca problemas periodontais, e sobre o Staphylococcus aureus.

Paralelamente, os pesquisadores vêm tentando descobrir a melhor forma de extrair a própolis da parede das colméias, sem prejudicar seus principais componentes – ceras, sais minerais, vitamina C e, principalmente, flavonóides, que são os responsáveis pela ação antibactericida. “Temos que investir muito no estudo da própolis. Ela é um antibiótico potente”, ressaltou Vagner Santos.

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