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Mulheres grávidas devem limitar consumo de atum

31 de Julho de 2002 (Bibliomed). As gestantes devem limitar o consumo de atum. Essa recomendação foi feita na semana passada por uma comissão da Food and Drug Administration (FDA), a agência norte-americana de controle de drogas e alimentos, por causa do risco de envenenamento por mercúrio. A comissão não especificou o consumo recomendado para as gestantes, mas sugeriu que a FDA adote como modelo um panfleto usado no Estado de Wisconsin, que orienta as mulheres a não comer mais de duas latas de atum por semana, o correspondente a 170 gramas.

Os especialistas não chegaram a pedir que as gestantes eliminem totalmente o atum de sua dieta. Eles temem as mulheres substituam o atum enlatado, alimento rico em ácidos graxos ômega-3, por alternativas menos nutritivas. “Estamos tentando obter um equilíbrio entre as virtudes do consumo de peixes, do atum inclusive, e os possíveis riscos. É uma decisão difícil”, afirmou Sanford Miller, presidente da comissão.

A decisão não agradou os ambientalistas, que esperavam que a comissão recomendasse à FDA que o atum fosse acrescentado à lista dos peixes banidos para gestantes, da qual fazem parte o peixe-espada, o tubarão, a cavalinha e o bodião. Segundo os ambientalistas, o atum pode conter tanto mercúrio quanto estes outros peixes, o que prejudicaria o desenvolvimento fetal.

De acordo com as orientações atuais da FDA, as mulheres devem limitar o consumo semanal de todos os tipos de peixe a 340 gramas ou duas porções cozidas. Essa diretriz, porém, não inclui o atum, que representa cerca de um quarto dos alimentos de origem marinha consumidos nos Estados Unidos.

Na opinião dos ambientalistas, a FDA cedeu à pressão dos setores ligados à pesca quando deixou o atum fora da lista de 2001.

O mercúrio é um composto químico que ocorre naturalmente no ambiente, mas também resulta da poluição industrial. Quase todos os peixes contêm metil-mercúrio, mas as espécies com vida mais longa e os predadores maiores, como os tubarões ou os peixes-espada, acumulam maiores quantidades da substância e oferecem mais risco para a saúde dos consumidores habituais.

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