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Cura do Mal de Alzheimer pode estar próxima

17 de Maio de 2002 (Bibliomed). Artigo publicado na última edição da revista científica “Nature” revela que pesquisadores britânicos descobriram uma fórmula química capaz de destruir placas de proteína que se formam no cérebro e acarretam doenças como o Mal de Alzheimer e diabetes tipo 2. O estudo é mais um passo da comunidade científica na luta pela cura do Mal de Alzheimer.

Há poucas semanas, uma equipe norte-americana anunciou que tinha conseguido diagnosticar, pela primeira vez, através de exames de sangue, a formação anormal de depósitos das proteínas amiloide-beta (AB42) no cérebro dos roedores. A descoberta foi apresentada na revista “Science”. Cientistas descobriram também que o acúmulo dessas proteínas começa a se formar até 20 anos antes da manifestação do Mal de Alzheimer.

Em 2000, trabalho do Instituto de Ciências da Saúde dos Estados Unidos, publicado no Diário de Neurociência, demonstrou que as placas formadas pelas proteínas amiloide-beta seriam a causa e não a conseqüência da doença. Por uma razão ainda desconhecida, as proteínas afetariam um receptor de impulsos cerebrais, bloqueando a transmissão dos sinais importantes nos mecanismos de aprendizagem e memorização.

O próximo passo da equipe de cientistas britânicos, coordenada pelo professor Mark Pepys, da Royal Free and University College Medical School de Londres, é testar a fórmula química destruidora das placas de proteínas em pacientes com o Mal de Alzheimer.

A doença

O Mal de Alzheimer é a principal causa da demência. Ele provoca a degeneração de neurônios do cérebro, prejudicando o funcionamento da memória, a capacidade de compreensão e aprendizagem e o senso de orientação. Atividades do dia-a-dia, como higiene pessoal, vestimenta, alimentação, atividades fisiológicas ficam seriamente comprometidas. A doença é uma das causas mais comuns de abandono de idosos e de asilamento, já que muitas vezes o idoso sequer reconhece seus familiares.

Embora acometa pessoas de diferentes faixas etárias, os idosos são responsáveis por mais de 90% dos casos da doença. Nos Estados Unidos, o Mal de Alzheimer afeta cerca de 4 milhões de pessoas. Segundo a Associação Norte-Americana do Alzheimer, o envelhecimento rápido da população norte-americana pode elevar o número de enfermos para 5,5 milhões em 2010 e 14 milhões até 2050.

No Brasil, um em cada 10 habitantes tem pelo menos 60 anos. Ao todo são 14,5 milhões de idosos no País. O Mal de Alzheimer afeta, pelo menos, 600 mil deles. Alguns pesquisadores, porém, acreditam que o número de portadores da doença seja bem maior e ultrapasse a casa do milhão.

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