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Quem viajar para a Copa do Mundo deve tomar a dose da vacina contra o sarampo

15 de Maio de 2002 (Bibliomed). Os jogadores de futebol da seleção brasileira levaram para a disputa da Copa do Mundo mais um importante item na bagagem – o imunizante contra o sarampo. Para evitar o risco da reintrodução da doença, que teve o último caso registrado no Brasil há dois anos, o Ministério da Saúde preparou a vacinação dos atletas. Recomenda-se também a imunização dos turistas que terão o privilégio de acompanhar os jogos de perto.

Normalmente, a Fundação Nacional de Saúde sugere a imunização contra o sarampo aos viajantes na faixa etária de 1 a 39 anos que se deslocam para países onde há surto da doença, tais como Venezuela, Colômbia, Coréia, Japão, Filipinas, Paquistão, Itália, Alemanha, Reino Unido e Austrália. A Coréia e o Japão, sedes da Copa do Mundo, registram juntos cerca de 200 mil casos anuais de sarampo.

O sarampo é uma doença infecciosa aguda e grave, causada por vírus, sendo altamente contagiosa e mais freqüente na infância. O vírus do sarampo pertence ao gênero Morbillivirus e família Paramyxoviridae. É transmitido diretamente de pessoa a pessoa, através das secreções nasofaríngeas, expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar.

Na década de 80, ocorriam epidemias repetidas de sarampo no Brasil. Em apenas quatro anos (de 1980 a 1984), o país contabilizou 11.354 mortes pela doença. A vacinação sistemática foi iniciada em 1992, quando o Ministério da Saúde estabeleceu a meta de eliminação do sarampo até o ano 2000. Apesar de definidas estratégias de combate pelo governo, estados e municípios não conseguiram atingir um índice de cobertura vacinal satisfatório e, em 1997, houve a eclosão de um surto com 53.664 casos confirmados e 61 mortes.

Depois dessa data, novo surto foi notificado no estado do Acre em fevereiro de 2000, com um total de 15 casos. A última ocorrência registrada oficialmente de infecção no País ocorreu no Mato Grosso do Sul em novembro daquele mesmo ano. Desde então, há evidências de que a circulação do vírus no Brasil tenha sido interrompida, apesar de verificados casos importados (com contaminação em outras nações) trazidos por turistas que visitavam o Brasil.

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