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Aspirina Pode Prevenir Pré-Eclâmpsia na Gravidez

NOVA YORK (Reuters Health) - Dar pequenas doses de aspirina a gestantes parece reduzir o risco de pré-eclâmpsia, uma condição em que a pressão sanguínea aumenta a níveis perigosos. Mas a decisão de usar a aspirina deve ser avaliada com cautela pelas mulheres e seus médicos, de acordo com o estudo.

Normalmente, as gestantes são aconselhadas a evitar o uso de aspirina pois ela pode aumentar o risco de sangramento ou interferir no trabalho de parto e no parto.

A pré-eclâmpsia se desenvolve em mais de 8 por cento das gestações e pode levar à morte da mãe e do feto se não for tratada. A causa da pré-eclâmpsia é desconhecida, mas muitos acreditam que ela pode estar relacionada à maior agregação das plaquetas, pequenas células sanguíneas que promovem a coagulação, de acordo com Lelia Duley, do Instituto de Ciências de Saúde, em Oxford, Reino Unido, e associados.

A aspirina impede que as plaquetas se agreguem, de modo que diversos estudos clínicos foram conduzidos para testar sua eficácia contra a pré-eclâmpsia. Duley e sua equipe apresentaram os resultados de 39 estudos envolvendo mais de 30.000 mulheres na edição de 10 de fevereiro de British Medical Journal.

O tratamento com aspirina diminuiu o risco de pré-eclâmpsia em 15 por cento, sem levar em consideração a dosagem de aspirina, os outros fatores de risco da mulher e o período da gravidez quando ela começou a tomar o medicamento, de acordo com os pesquisadores.

O estudo indicou que o tratamento com aspirina também reduziu o risco de parto prematuro em 8 por cento e diminuiu o risco de recém-nascido sem evidência de vida após o nascimento ou morte prematura do recém-nascido em 14 por cento.

Duley e sua equipe destacaram que a aspirina teve pouco efeito em outras complicações da pré-eclâmpsia, incluindo morte da mãe, baixo peso ao nascimento, parto por cesariana ou complicações de sangramento no recém-nascido.

Com base nas descobertas, os pesquisadores concluíram que a terapia antiplaquetas, como o tratamento com aspirina, pode resultar em uma redução pequena a moderada no risco de pré-eclâmpsia e suas complicações mais graves.

Sinopse preparada por Reuters Health

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