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Sexo na Gravidez não Provoca Trabalho de Parto Prematuro

02 de Fevereiro de 2001 (Bibliomed). Fazer sexo no fim da gravidez pode ser estranho ou desconfortável, mas não induz a um trabalho de parto prematuro. Na realidade, tanto o sexo quanto o orgasmo parecem reduzir o risco de partos prematuros, antes de 37 semanas de gestação, informaram pesquisadores na edição de fevereiro do Obstetrics & Gynecology.

A gravidez é considerada completa com 40 semanas.

Sexo durante o último trimestre pode ser arriscado para mulheres que já têm risco de parto prematuro, como as que esperam mais de um bebê, indicou o artigo.

"Não podemos excluir a possibilidade de que a atividade sexual possa ser um risco para um pequeno subgrupo de mulheres suscetíveis", informou a equipe de Amy E. Sayle, da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill. "No geral, atividade sexual continuada durante a gravidez adiantada foi um excelente fator para prever que a gravidez iria até o final", informaram os pesquisadores.

O estudo com 187 mulheres que tiveram parto prematuro e 409 mulheres que tiveram gestação em tempo normal, verificou que sexo e orgasmo no fim da gravidez não parecem induzir o trabalho de parto independentemente da idade, raça ou nível de educação da mulher.

Os pesquisadores acreditam que não é a relação sexual em si que influencia o trabalho de parto. A atividade sexual pode ser um indicador de que uma mulher tem um bom relacionamento com o parceiro e um forte apoio social, o que pode reduzir o risco de parto prematuro. O risco de parto prematuro entre mulheres que tiveram relações sexuais na gravidez avançada foi até menor no caso de mulheres casadas ou que moravam com os parceiros, mostraram os resultados do estudo.

É possível que mulheres com risco maior de parto prematuro tenham evitado o sexo intencionalmente, fato que pode ter atrapalhado os resultados. As mulheres que tiveram parto prematuro foram mais propensas a citar razões médicas para não fazer sexo e a relatar saúde pior no fim da gestação.

O especialistas em saúde acham que a atividade sexual e o orgasmo no fim da gravidez poderiam antecipar o trabalho de parto, possivelmente por liberar oxitocina, hormônio que pode iniciar as contrações uterinas. Também acham que as prostaglandinas e outros componentes do sêmen provocariam contrações uterinas.

"Estes dados fornecem evidências contra a hipótese de que a atividade sexual geralmente aumenta o risco de partos prematuros", concluiu o estudo.

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