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Chumbo é Ligado a Progressão de Doença Renal

29 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). Mesmo baixos níveis de chumbo no sangue podem prejudicar a função renal -- especialmente em pacientes com rins doentes, informaram pesquisadores de Taiwan.

Apesar de terem sido feitos alguns avanços no controle ambiental do chumbo, o metal pesado ainda é considerado um importante poluente.

E, embora os efeitos tóxicos para o rim pela intensa exposição ao chumbo sejam bem documentados, "poucos estudos têm tentado avaliar os efeitos renais de baixos níveis de exposição ao chumbo", segundo a equipe de Ja-Liang Lin do Centro Médico Lin-Kou, em Taipé (Taiwan).

Em um novo estudo, a equipe de Lin avaliou 110 pacientes com doença renal crônica por três anos. Os pacientes foram divididos em dois grupos -- pessoas com níveis normais a altos de chumbo no sangue e os pacientes com baixos níveis sanguíneos do metal.

As descobertas dos pesquisadores foram publicadas na edição de 22 de janeiro do Archives of Internal Medicine.

Os pacientes com níveis maiores de chumbo no sangue mostraram ter 1,5 vez mais creatinina na urina. A creatinina é um composto encontrado na maioria dos tecidos musculares, sendo usada como indicador da função renal.

Durante o segundo ano de avaliação, foi verificado que pessoas com níveis maiores de chumbo no sangue apresentaram funções renais piores que os pacientes com níveis mais baixos de chumbo, indicou o estudo.

Depois que a avaliação preliminar foi concluída, os pacientes com níveis mais altos de chumbo no sangue foram submetidos à terapia para retirada do metal.

Uma "melhora significativa" das funções renais foi observada e durou mais de 12 meses, informaram os pesquisadores.

"A exposição ambiental de longo prazo a baixos níveis de chumbo pode estar associada à doença crônica nos rins", concluiu a equipe de Lin.

Altos níveis de chumbo no corpo têm sido associados a danos no cérebro e no sistema nervoso central, redução do crescimento, hiperatividade e problemas de aprendizagem.

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